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Esclerose múltipla: entenda a doença de Carol Ribeiro

Enfermidade acomete principalmente mulheres entre 20 e 40 anos; tratamento consiste em atenuar sintomas

1 abr 2025 - 20h27
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A esclerose múltipla é uma enfermidade neurológica, crônica e autoimune, em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. A doença atinge ao menos 40 mil brasileiros e pode comprometer os sistemas visual, sensitivo, motor e de coordenação.

De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), ela não tem cura e o tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da enfermidade, que geralmente acomete jovens adultos, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos — nesta semana, a modelo Carol Ribeiro, de 45 anos, revelou conviver com a doença.

"Eu achava que iria enlouquecer", afirmou Carol, que de início pensou se tratar da chegada da menopausa.

Carol Ribeiro foi diagnosticada com esclerose múltipla
Carol Ribeiro foi diagnosticada com esclerose múltipla
Foto: @caropita via Instagram / Estadão

Por que a doença se manifesta?

Segundo a Abem, a perda de mielina, substância que contribui para a condução dos sinais nervosos entre os neurônios, leva a uma interferência na transmissão dos impulsos elétricos e isso produz os diversos sintomas da doença.

Com a desmielinização, ocorre um processo inflamatório que culmina no acúmulo de incapacitações neurológicas. Os pontos de inflamação evoluem para a formação de cicatrizes no sistema nervoso central (esclerose significa cicatriz).

Como é feito o diagnóstico?

Não há exames específicos para esclerose múltipla. O diagnóstico depende da exclusão de outras patologias que podem produzir sinais e sintomas semelhantes.

Em sua avaliação, o neurologista levará em conta critérios como múltiplas lesões no sistema nervoso central, e solicitará a realização de exames como a ressonância magnética do crânio.

Quais são os sintomas mais comuns?

A esclerose múltipla pode se manifestar por diversos sintomas, a depender da região do cérebro afetada. Algumas manifestações mais frequentes são:

Fadiga - cansaço intenso e momentaneamente incapacitante;

Alterações fonoaudiológicas - palavras arrastadas, voz trêmula, alteração da voz ou dificuldade para engolir;

Transtornos visuais - visão embaçada ou visão dupla;

Problemas de equilíbrio e de coordenação - perda de equilíbrio, instabilidade ao caminhar e falta de coordenação;

Espasticidade - rigidez de um membro ao movimentar-se;

Transtornos cognitivos - dificuldade para memorizar e executar tarefas;

Transtornos emocionais - sintomas de depressão e de ansiedade;

Sexualidade - disfunção erétil nos homens e diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres.

Como é o tratamento?

De acordo com a Abem, os tratamentos medicamentosos disponíveis para a doença buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos, contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente.

No caso de Carol, por exemplo, houve uma grande melhora desde o início do acompanhamento. "Depois que comecei o tratamento, eu não sinto mais nada, é como se a doença não existisse mais", relatou.

Além das terapias de neurorreabilitação, existem terapias de apoio que podem auxiliar no tratamento do paciente, aumentando a qualidade de vida. Entre elas estão o acompanhamento psiquiátrico e com urologista./COLABOROU RENATA OKUMURA

Estadão
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