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Escola de elite fecha unidade em SP após confirmação de coronavírus em estudante

Avenues informou aos pais que caso foi confirmado em aluno que viajou aos Estados Unidos. Instituição pretende realizar aulas a distância

6 mar 2020 - 23h04
(atualizado às 23h13)
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SÃO PAULO - A escola Avenues São Paulo decidiu fechar nesta sexta-feira, 6, sua unidade na capital paulista após um estudante do 7.º ano da instituição ter recebido a confirmação de diagnóstico do novo coronavírus. A direção informou que ainda está analisando por quanto tempo se estenderá a medida e deverá oferecer aulas a distância para os alunos. A Avenues está entre as escolas que tinham recomendado quarentena aos alunos.

Em comunicado aos pais dos estudantes, o colégio disse que o paciente viajou para o Colorado (EUA) durante o carnaval. Nesta quinta-feira, 5, quase uma semana após seu retorno, ele se sentiu mal e buscou atendimento médico. "Acabamos de saber sobre esse resultado. O aluno está se recuperando em casa, e espero que todos se juntem a nós no desejo de uma recuperação rápida para o aluno e sua família", lê-se na nota assinada pelo diretor Andy Williams.

As atividades previstas para este fim de semana já não ocorrerão. O colégio disse que entrará em contato com as autoridades de saúde para discutir as recomendações sobre o protocolo de fechamento da escola. "Caso seu filho ou demais familiares tenham qualquer sintoma, entre em contato com o seu médico imediatamente", orienta o comunicado.

A Avenues disse estar se preparando "há algum tempo" para a possibilidade de o novo coronavírus afetar o local. Cenários de fechamento foram preparados, apontou a escola, a partir da experiência da unidade de Shenzen, na China, que está fechada há semanas. O país asiático é o epicentro do surto do novo coronavírus, doença que afetou completamente a rotina das cidades.

"Esta é uma situação que está sendo monitorada de maneira constante, e para a qual estamos nos preparando desde janeiro. Nossa principal preocupação é preservar a saúde e o bem-estar da nossa comunidade e reduzir o risco de exposição e a propagação do vírus", disse em nota a diretora global de comunicações, Tara Powers.

Segundo ela, a duração do fechamento será determinada durante o final de semana, "depois de consultarmos autoridades sanitárias e especialistas em saúde". "Por enquanto, encorajamos os membros da nossa comunidade a limitar o contato com outras pessoas e procurar atendimento médico caso apresentem sintomas." Todas as áreas da escola passarão por uma "desinfecção abrangente". "Esperamos voltar à rotina normal e receber os estudantes de volta ao câmpus assim que essa seja a decisão mais prudente", acrescentou Tara.

Escola recomendou quarentena

Preocupados com o surto de coronavírus em outros países, colégios particulares de São Paulo enviaram comunicados aos pais e alunos recomendando quarentena em casos de famílias que voltaram de países atingidos pela doença. O pedido vai contra o que determina tanto o Ministério da Saúde quanto as secretarias estaduais.

A Avenues pediu que as famílias que estiveram em países atingidos pelo coronavírus ficassem em quarentena por 14 dias após retornar de viagem. A lista, no início da semana, incluía 16 países, entre eles Alemanha, França e Itália. O comunicado dizia que a medida podia causar incoveniente para algumas famílias. Mas ressaltava que "é importante agir com cautela para reduzir o risco à nossa comunidade".

Colégio Bandeirantes também tem caso

Nesta semana, outra escola tradicional de São Paulo, o Colégio Bandeirantes, também confirmou como uma adolescente de 13 anos teve diagnóstico da doença. China, Itália e Coreia do Sul já adotaram medidas de fechamento de escolas e universidades para conter a transmissão do vírus. No total, quase 300 milhões de crianças e adolescentes têm perdido aulas por causa da nova epidemia.

No Brasil, há 13 casos confirmados da doença, mas não foi informado se o estudante da Avenues é um deles ou seria um novo registro ainda a ser computado. O País monitora 768 casos suspeitos da doença e 480 análises já foram descartadas. Os Estados com mais registros de suspeição de coronavírus são: São Paulo (222), Minas Gerais (123), Rio Grande do Sul (112) e Rio de Janeiro (111).

Estadão
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