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Especialista alerta sobre diagnóstico de Marcelo Serrado: 'Saber que é um processo'

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira detalha diagnóstico de Marcelo Serrado e elogia atitude do ator em tornar sua doença pública

13 fev 2025 - 19h04
(atualizado em 2/3/2025 às 13h42)
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Marcelo Serrado tem usado sua visibilidade para chegar no público
Marcelo Serrado tem usado sua visibilidade para chegar no público
Foto: Reprodução/Instagram / Caras Brasil

Marcelo Serrado (58) tem falado constantemente sobre a importância de cuidar da saúde mental. No ar em Beleza Fatal, a primeira novela brasileira da Max para o streaming, o ator volta a relatar seus episódios de síndrome do pânico em ocasiões difíceis e conta que precisou buscar ajuda médica e apoio emocional. Ele concluiu que só usando seu lugar de fala e sua visibilidade como figura pública, o tema vai ser mais debatido e mais pessoas saberão como buscar. Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira elogia a atitude do artista e faz um alerta importante: "Saber que é um processo".

Para a especialista, sempre que um famoso relata uma vulnerabilidade, ele acaba ajudando muita gente. "Acho importante o Marcelo Serrado vir a público falar sobre o episódio que ele teve de crise de pânico, porque sempre quando uma figura pública relata algum tipo de vulnerabilidade, algum tipo de sofrimento emocional, eu acredito que tem um impacto muito grande para o público, que até então entende aqueles sintomas como uma fraqueza, como uma falta de capacidade, como uma falta de vergonha na cara, não consegue reconhecer e validar esses sintomas como uma crise de pânico. E o Marcelo faz um trabalho muito bacana de contar do próprio relato dele, da própria experiência e desmistificar que problemas emocionais são sinais de fraqueza", reforça.

Segundo Letícia, a crise de pânico tem episódios de crise de pânico, o que mantém a pessoa com muito medo de voltar a ter um novo episódio. "A pessoa tem uma sensação de morte eminente, coração disparado, boca seca, formigamento nas extremidades, uma sensação de despertencimento, sudorese (...) O corpo entra em choque mesmo, como se a pessoa tivesse morrendo, mas é totalmente emocional", explica.

"E depois que a pessoa tem o primeiro episódio, ela fica ansiosa por medo de ter os próximos. Então, muitas vezes, as próximas crises de pânico aparecem exatamente pelo medo de ter a crise. E ele relatou muito bem o que aconteceu; o que aconteceu depois de seis meses, depois que ele tinha já encerrado a medicação", continua Letícia.

A psicóloga ressalta que o tratamento é subjetivo. "Como a gente está falando de emoção, é menos quantitativo do que tomar um antibiótico sete dias ou fazer um tratamento para um membro, por exemplo, o da perna, que você consegue sentir numa fisioterapia que voltou a ter o movimento. Emocionalmente, a gente tem muito menos controle, e isso deixa as pessoas mais vulneráveis e mais ansiosas. Então, é ter paciência, saber que é um processo e saber que tem tratamento", conclui.

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