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Especialistas britânicos pedem que OMS apoie uso de cigarros eletrônicos

29 mai 2014 - 09h59
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Um grupo de especialistas britânicos em saúde pública e tabagismo pediu à Organização Mundial da Saúde (OMS) que não condene o uso de cigarros eletrônicos, pois eles seriam úteis para quem quer parar de fumar.

Em uma carta, divulgada hoje pela "BBC", os defensores desses cigarros argumentam que seria incorreto igualá-los ao tabaco, já que mesmo contendo concentrações de nicotina, são "uma inovação importanten da saúde" que poderia ajudar os fumantes que desejam parar.

No entanto, outros setores do Reino Unido, incluindo a Associação Médica Britânica e a Faculdade de Saúde Pública, pedem que os cigarros eletrônicos sejam regulados e que estudos sejam realizados para saber os efeitos na saúde a longo prazo.

A Agência de Saúde Pública da Inglaterra disse em um relatório recente que os conhecidos como "eCigs" precisam de "uma regulação apropriada, controles rigorosos e gestão do risco" para otimizar seus benefícios.

A carta dos apoiadores, entre eles o especialista em psicologia da saúde e estudos do tabaco Robert West, divulga quando a OMS estuda quais serão suas diretrizes aos governos com relação à regulação dos cigarros eletrônicos.

Os "cigarros" consistem em um sistema eletrônico inalador desenhado para simular e substituir o consumo de tabaco.

Usando uma bateria pequena, aquecem e vaporizam uma solução líquida, que pode conter nicotina ou somente aromas.

Os defensores pedem à OMS que "reprima a necessidade de controlar e eliminar os cigarros eletrônicos" e dizem que viram um documento interno do organismo que os classifica como "uma ameaça" para a saúde.

"Se os reguladores tratam os produtos de nicotina como um problema igual ao de produtos tradicionais de tabaco, estão definindo o problema de forma inapropriada", dizem.

"Nos preocupa que a classificação desses dispositivo seja igual à do tabaco", diz a carta, que destaca que o potencial dos dispositivos para acabar com o hábito é "enorme".

Um porta-voz da OMS, cujo tratado sobre o tabaco cobre atualmente 178 países, disse à "BBC" que a organização o "está preparando suas recomendações para os governos quanto à regulação e a comercialização de cigarros eletrônicos e dispositivos similares".

Essas recomendações, elaboradas segundo estudos científicos, serão debatidas neste ano para determinar a nova Convenção para o controle do tabaco.

"Trabalhamos com os reguladores nacionais para examinar as várias opções de regulação, e com especialistas em toxicologia, para entender mais sobre o possível impacto na saúde que os cigarros eletrônicos podem provocar", afirmou a fonte.

No Reino Unido, o governo de Gales quer proibir o consumo de "eCigs" em locais públicos porque a atitude de fumar pode "normalizar" o hábito e estimular crianças e jovens a fazer o mesmo.

EFE   
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