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Estado de São Paulo estuda retomar restrições ao lazer

Hospitais da rede estadual chegam a ter 60% das vagas ocupadas enquanto rede privada tem taxa de 66%

26 nov 2020 - 16h01
(atualizado às 16h28)
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A taxa de ocupação em leitos de enfermaria da capital paulista chegou a 60% para hospitais estaduais e 66% na rede privada, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, o prefeito Bruno Covas (PSDB) autorizou abrir 200 novas vagas no Município para evitar possível superlotação com pacientes da covid-19. O Centro de Contingência ao Novo Coronavírus, do governo estadual de João Doria (PSDB), já analisa retomar restrições ao lazer em algumas regiões do Estado e atribui a alta de infectados, principalmente envolvendo jovens, a atividades de campanhas eleitorais.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB). 
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP / Estadão Conteúdo

Na semana passada, o Estado recomendou o adiamento de cirurgias eletivas (não urgentes) de baixa complexidade para desafogar os hospitais. O Centro de Contingência não disse que segmentos do lazer - como bares, parques ou cinemas - podem ser incluídos em eventuais novas restrições.

Várias regiões do País têm apresentado tendência de avanço na pandemia nas últimas semanas. No Rio, a taxa de ocupação de UTIs chegou a 93% e Santa Catarina colocou 13 das 16 regiões do Estado em nível elevado de risco de contágio. A prefeitura de Belo Horizonte ameaçou fechar o comércio outra vez se a capital mineira não frear a transmissão nos próximos dias.

Apesar de a reclassificação oficial do Plano São Paulo (programa estadual de flexibilização da quarentena) ser anunciada apenas na próxima segunda-feira, 30, o Centro de Contingência da Covid-19 já analisa voltar com as restrições para o lazer em áreas específicas do Estado. "Houve registro do aumento de casos positivos em todos os laboratórios, principalmente envolvendo jovens. Estamos imaginando que, se tivermos que fazer alguma restrição, será nas atividades de lazer e tentando preservar a atividade escolar, que teve o maior prejuízo na nossa história", disse José Medina, coordenador do órgão.

São Paulo se encaminha para o término da 48.ª semana epidemiológica, no próximo sábado, 28, após aumento nos casos, internações e óbitos pela covid-19 no período anterior. "Com a normalização dos sistemas, tivemos na semana 47 uma evidente piora do cenário epidemiológico. Felizmente, quando comparamos os primeiros cinco dias desta semana com os da anterior, temos dados de melhora", afirmou João Gabbardo, membro do Centro de Contingência da covid-19.

Comparando apenas os primeiros cinco dias desta semana epidemiológica em relação ao mesmo período da anterior, houve queda de 11% dos casos, de 15% dos óbitos e aumento de 1% nos índices de internação pela covid-19 no Estado, que registra 50% de ocupação nos leitos de UTI. Na Grande São Paulo, esse número chega 57,2%. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou 172 óbitos e 4.523 infectados pelo novo coronavírus. Ao todo, já são 1.229.267 casos e 41.773 mortes pela doença em São Paulo.

Novos leitos serão distribuídos entre hospitais na zona norte e na zona sul

Os novos leitos em São Paulo serão distribuídos entre dois hospitais, na Brasilândia, zona norte, e em Parelheiros, zona sul, e serão para casos leves. Conforme o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, há uma "estabilização de casos na capital", mas a Prefeitura irá promover novo inquérito sorológico com 5 mil pessoas e dividido em quatro fases. A 1.ª etapa será em 7 e 21 de dezembro; e a 2.ª nos dias 4 e 18 de janeiro do próximo ano.

Até esta quarta-feira, 25, a média de ocupação em leitos de UTI da capital nos últimos sete dias foi de 49%, enquanto os prontos socorros registraram 31%. É uma "taxa de ocupação regular", na avaliação do secretário. "Os dados mostram claramente que houve mudança no patamar, com aumento no número de casos e de internações que predominam em algumas regiões e merecem mais atenção", afirmou José Medina.

Ele comentou ainda que há uma "fadiga coletiva" com as regras de distanciamento social e com o uso de máscaras, mas que a subida do platô na curva de contágios pode ter sido desencadeada pelas atividades de campanha eleitoral da última semana. "Ainda temos fôlego para atender essa demanda", garantiu.

Medina afirmou também que ainda há 16 leitos para cada 100 mil habitantes no Estado, dos quais 50% estão ocupados, um total superior a 3 mil. "Isso desperta um alerta para entender como esse aumento pode ser contido. Estamos alertas e observando para ver quais medidas de contenção precisam ser tomadas, para evitar que isso tome a dimensão que vem acontecendo na Europa e nos Estados Unidos."

Estadão
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