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Estar magro nem sempre significa estar saudável, alerta especialista

Thiago de Castro chama atenção para os riscos de associar apenas o peso ao bem-estar

8 jun 2024 - 06h20
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Resumo
A saúde não pode ser reduzida somente ao peso corporal. Estudos indicam que peso normal não significa necessariamente saúde. O hipnoterapeuta Thiago de Castro tem incentivado o autoconhecimento, o cuidado com a saúde mental e emocional, além de atividade física não somente para emagrecer, mas para ter uma vida saudável.
Foto: Freepik

A ideia de que estar magro é sinônimo de saúde é um mito que persiste há muito tempo, impulsionado por padrões de beleza irreais e pela desinformação. No entanto, a saúde vai muito além do peso corporal e a magreza, por si só, não garante um corpo saudável. Isso é o que aponta o hipnoterapeuta Thiago de Castro, que vem desmistificando estereótipos enganosos e perigosos sobre saúde e bem-estar.

Esta diferenciação se mostra cada vez mais urgente. Pesquisas indicam que a relação entre peso e saúde é mais complexa do que se pensava. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) em 2013 analisou dados de cerca de 3 milhões de indivíduos e concluiu que pessoas com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) tinham um risco menor de mortalidade em comparação com aquelas com peso normal (IMC entre 18,5 e 24,9). Esta descoberta sugere que o peso por si só não é um indicador confiável de saúde.

Outro estudo, publicado no European Heart Journal em 2018, destacou que a aptidão cardiorrespiratória é um indicador muito mais preciso de saúde cardiovascular do que o IMC. Os pesquisadores descobriram que pessoas fisicamente ativas, independentemente de serem classificadas como obesas, tinham menor risco de doenças cardíacas do que indivíduos inativos com peso normal.

Ou seja, as descobertas mais recentes apontam que é possível ser magro e ter problemas de saúde, assim como é possível estar acima do peso considerado “ideal” e ser metabolicamente saudável.

“A ideia de que a magreza é sinônimo de saúde tem raízes profundas na sociedade, sendo reforçada por campanhas publicitárias, redes sociais e até mesmo por profissionais de saúde. No entanto, essa visão simplista não considera fatores como genética, estilo de vida e bem-estar psicológico”, salienta Thiago.

A visão do especialista

O hipnoterapeuta especializado em emagrecimento tem sido uma voz ativa nesse debate. Trabalhando há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade, seu enfoque vai além da simples perda de peso, promovendo uma abordagem holística que considera a saúde mental e emocional.

Thiago defende que o processo de emagrecimento deve ser sustentado por uma transformação interna, onde o indivíduo reprograma sua mente para hábitos mais saudáveis. Portanto, a saúde ganha um olhar mais amplo, de 360 graus.

Desconstruindo estereótipos

A abordagem de Thiago de Castro enfatiza a importância de derrubar estereótipos sobre peso e saúde. Ele argumenta que a busca pela saúde não deve ser focada exclusivamente no peso corporal, mas sim em hábitos saudáveis e no bem-estar integral. Isso inclui uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, além de cuidados com a saúde mental e emocional.

Para muitas pessoas, a pressão para atingir um determinado padrão de corpo pode levar a comportamentos pouco saudáveis, como dietas extremas e transtornos alimentares. Thiago de Castro destaca a importância de se ter uma relação saudável com a comida e o corpo, promovendo a aceitação e o autocuidado.

Uma nova perspectiva

A discussão sobre a equivalência entre magreza e saúde está em pleno desenvolvimento, e é fundamental para ampliar a compreensão sobre o que realmente significa ser saudável. É um convite para que a sociedade reavalie os padrões de beleza e saúde impostos, promovendo uma visão mais inclusiva e realista.

Thiago de Castro exemplifica como a transformação pessoal pode ser poderosa quando baseada em autoconhecimento. 

“Embora estar magro seja uma configuração possível de saúde, ela não é a única. Fazer um ‘raio-x’ da vida se torna necessário. Dormir pouco e mal, se alimentar de ultraprocessados e viver uma rotina sedentária são, também, sinais de alerta de que este estilo de vida não só não é saudável, como também não é sustentável”, alerta.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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