Estresse conjugal pode aumentar chance de infarto, aponta estudo
Pesquisa mostra que casais com estresse conjugal severo apresentam 70% mais chances de desenvolver problemas como infarto
O casamento nem sempre é um mar de rosas, mas o estresse constante pode ser altamente prejudicial à saúde. Um estudo da Universidade de Yale (EUA) mostrou que um relacionamento conflituoso pode afetar o coração, pois aumenta consideravelmente a chance de um infarto.
Os pesquisadores analisaram a recuperação de 1,5 mil adultos, com idade média de 47 anos, que tinham acabado de passar por um ataque cardíaco. Um ano depois de passar pelo episódio e receberem alta do hospital, os cientistas compararam os dados com o quão felizes eles estavam ao lado da pessoa amada.
Eles responderam um questionário sobre a qualidade emocional e sexual do casamento. Com base nessas informações, os pesquisadores criaram uma escala de pontos para avaliar a saúde física dos voluntários. Além disso, a equipe também monitorou dados hospitalares para identificar se houve algum retorno médico após o infarto.
Resultados
40% das mulheres relataram estresse conjugal grave contra 30% dos homens, ou 4 em cada 10 mulheres e 3 em cada 10 homens. Os participantes com estresse severo pontuaram mais de 1,6 e 2,6 pontos a menos do que o grupo de controle em saúde física e mental, respectivamente. Os mais estressados também tiveram oito pontos a menos na qualidade de vida quando medidos em uma escala específica para saúde do coração.
Esse mesmo grupo que relatou estresse conjugal grave se mostrou quase 70% mais propensos a relatar dores no peito do que pessoas com nenhum ou pouco estresse conjugal. Além disso, eles representavam 5 em cada 10 estressados que poderiam ser readmitidos no hospital por qualquer causa em comparação aos demais.
"Nossas descobertas apoiam que o estresse experimentado na vida cotidiana, como o conjugal, pode afetar a recuperação de adultos após um ataque cardíaco. Esforços futuros devem considerar o problema na triagem dos pacientes para identificar melhor as pessoas com alto risco de problemas na recuperação", explica Cenjing Zhu, principal autora do estudo.
Fonte: O Globo.