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Estudo comprova que fumar maconha não é inofensivo

Pesquisa de 20 anos mostra que uso prolongado e frequente da droga causa dependência e aumenta chance de desenvolver doenças psíquicas, como a esquizofrenia

7 out 2014 - 09h56
(atualizado às 12h09)
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<p>Crises de abstinência de maconha podem causar quadros de ansiedade, insônia, distúrbios de apetite e depressão</p>
Crises de abstinência de maconha podem causar quadros de ansiedade, insônia, distúrbios de apetite e depressão
Foto: Getty Images

Um estudo de 20 anos feito pelo professor Wayne Hall, conselheiro sobre drogas da Organização Mundial de Saúde, concluiu que o uso de maconha a longo prazo não é inofensivo. Segundo ele, a cannabis é altamente viciante, aumenta as chances de desenvolver doenças psíquicas - como a esquizofrenia - e é porta de entrada para outros tipos de entorpecentes. Os dados são do jornal inglês Daily Mail.

O especialista levantou alguns pontos que supostamente mostram como a maconha devasta o cérebro. 

1) Um em cada seis adolescentes que fumam maconha regularmente se torna dependente.

2) A maconha dobra o risco de desenvolver doenças psíquicas, como a esquizofrenia.

3) Usuários frequentes apresentam desenvolvimento intelectual insatisfatório, por isso vão pior nos estudos e trabalho.

4) Um em cada dez adultos que fuma regularmente se torna dependente e tem tendência a consumir drogas mais pesadas.

5) Dirigir após fumar aumenta os riscos de acidentes no trânsito, que crescem ainda mais caso a pessoa tenha ingerido bebida alcóolica.

6) Fumar maconha durante a gravidez reduz o peso do bebê.

"Se a maconha não causa dependência, também não causam a heroína e o alcóol. Para nós, geralmente é mais difícil ajudar pessoas que usam maconha do que aqueles que consomem heróina. Nós não sabemos como fazer isso", explica o especialista.

Ao tentar reduzir o consumo da droga, as pessoas geralmente sofrem com crises de ansiedade, insônia, distúrbios de apetite, depressão. E, após o tratamento, a maior parte delas não consegue se manter longe da maconha por mais que seis meses.

"Quero mostrar que o uso prolongado e frequente da cannabis tem consequências. Não há dúvidas que usuários pesados enfrentam crises de abstinência parecidas com alcóolatras e usuários de heroína", afirma Hall.

De acordo com o relatório, o aumento do consumo tem sido notado já que muitos jovens adultos usam maconha quase com a mesma frequência dos cigarros de nicotina e não se preocupam com isso, uma vez que é impossível ter uma overdose de maconha, o que a torna menos perigosa que a cocaína e heróina, por exemplo.

O especialista em saúde mental Mark Winstanley explica que a maconha é vista erroneamente como uma droga segura já que seu uso tem relação clara com sintomas de psicose e esquizofrenia, principalmente entre adolescentes. "O governo devia conscientizar as pessoas de que fumar com frequência é um jogo de roleta russa para a saúde mental".

A maconha é considerada uma droga de série B, enquanto heroína e cocaína são série A e os esteróides são classificados como drogas de série C.

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Fonte: Terra
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