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Estudo sobre botox compara gêmeas: uma aplicou toxina por 19 anos, outra não

Novo resultado da pesquisa mostra eficiência do tratamento através de imagens; especialistas comentam

23 jan 2024 - 14h50
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Uma experiência científica envolvendo duas irmãs gêmeas quer provar a eficiência da toxina botulínica (popularmente chamada de botox) na prevenção de rugas e linhas de expressão. 

O estudo acompanha as irmãs desde que elas têm 25 anos. Uma recebe a aplicação da substância de duas a três vezes por ano, na testa e na região glabelar (área da face entre as sobrancelhas, logo acima do nariz). A outra realizou a aplicação duas vezes, uma aos 31 e outra aos 35.

Gêmea que não aplicou botox (à esquerda) versus gêmea que aplicou (à direita)
Gêmea que não aplicou botox (à esquerda) versus gêmea que aplicou (à direita)
Foto: Dermatologic Surgery

A primeira análise aconteceu no ano de 2006, quando elas tinham 38 anos. Segundo o médico William Binder publicou no jornal Archives of Facial Plastic Surgery, “a documentação fotográfica mostra que a testa hiperfuncional e as linhas glabelares não são evidentes em repouso na gêmea tratada regularmente. Em contraste, são visíveis na gêmea minimamente tratada”. Ele chegou à conclusão que “o tratamento prolongado com Botox pode prevenir o desenvolvimento de linhas faciais impressas que são visíveis em repouso”.

Após 6 anos da primeira análise, Binder e o seu colega de pesquisa Alexander Rivkin revisaram a pesquisa. A primeira gêmea tinha continuado com as aplicações regulares, enquanto a segunda tinha realizado apenas mais uma aplicação. A diferença entre as peles continuou significativa. 

“A textura da pele da gêmea tratada parece suave com poros pequenos, enquanto a pele da gêmea tratada esporadicamente mostra sinais de envelhecimento, incluindo mais rugas e poros visíveis”, avaliaram os pesquisadores em um artigo publicado na revista científica Dermatologic Surgery.

Vale ressaltar que ambas as irmãs têm cuidados semelhantes com a pele. Aquela que realizou o tratamento esporadicamente vive em Munique, na Alemanha; a outra mora em Los Angeles, nos Estados Unidos – cidade que é mais atingida pelo sol do que a alemã.

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Botox funciona?

Na opinião de Thiago Martins, biomédico mineiro, professor e mestre em Medicina Estética, a diferença no envelhecimento entre as duas irmãs gêmeas é explicada pelos efeitos da toxina botulínica no processo de envelhecimento da pele e pelos fatores que influenciam o envelhecimento cutâneo em geral.

"O botox age impedindo a contração dos músculos que causam as rugas de expressão. As aplicações de botox ajudam a tratar rugas na testa, entre as sobrancelhas, ao redor dos olhos, e outras linhas de expressão", pontua.

Segundo o médico dermatologista Lucas Miranda, por mais que existam cremes anti-rugas e outros produtos para prevenir ou reverter esse processo, a toxina botulínica é capaz de trazer resultados mais visíveis e instantâneos "quando corretamente indicada, já que nem todos os tipos de rugas são tratáveis dessa forma".

Após ser aplicada, a toxina botulínica começa a fazer efeito entre 7 a 14 dias. O efeito dura entre três e seis meses, até que desaparece gradativamente, e a ação muscular retorna. 

Caso você já tenha rugas e linhas de expressão, você pode continuar se beneficiando do uso de botox. "A toxina atua relaxando os músculos sob a pele. Este relaxamento diminui a tensão na pele acima, o que pode suavizar as rugas já existentes e prevenir o aprofundamento das mesmas", frisa o biomédico Thiago Martins.

Fonte: Redação Terra Você
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