EUA confirmam 2ª morte por coronavírus em Washington
Vítima era um idoso de 70 anos cuja condição médica já inspirava cuidados
As autoridades sanitárias dos Estados Unidos confirmaram neste domingo, 1, a segunda morte por coronavírus no País, a segunda no Estado de Washington. O Departamento de Saúde Pública informou que a vítima é um homem de 70 anos, que já apresentava uma condição médica que inspirava cuidados e era um paciente de risco.
O homem foi internado no hospital EvergreenHealth e morreu no sábado, 29. A vítima estava internada no lar de idosos, onde cerca de 50 pessoas, incluindo residentes e funcionários, foram testadas após mostrarem possíveis sintomas do COVID-19.
A primeira morte pelo novo coronavírus foi um homem de 50 anos, também em Washington, e que se tornou a primeira fatalidade nas Américas.
No total, há 13 casos confirmados de coronavírus no estado de Washington, cujo governador, Jay Inslee, declarou estado de emergência no sábado e onde 231 pessoas permanecem sob observação médica.
Também nesse domingo, 1, foi conformado o primeiro caso de coronavírus em Nova York. Segundo informações, a vítima é uma mulher na casa dos 30 anos que esteve recentemente no Irã.
Também houve confirmações de infectados em Rhode Island, com um caso, e na Flórida, com dois.
Trump anunciou nesse domingo que os viajantes de "certos países de alto risco" pelo coronavírus estarão sujeitos a controles de embarque e chegada aos EUA, uma medida que pode afetar aqueles que viajam da Europa e Coréia do Sul.
Ainda no início da madrugada de hoje, dia 2, a Coreia do Sul anunciou mais 500 casos e 4 mortes por coronavírus, confirmando que se trata do país com maior avanço da doença, depois da China. Os números gerais são de 4 mil contaminados e 22 mortos.
O debate político
Embora o número de infectados ainda seja baixo, vários especialistas lamentaram a lentidão das autoridades de saúde em distribuir kits para detectar a doença e reclamaram de uma suposta falta de preparação logística das autoridades.
O ex-vice-presidente e candidato democrata Joe Biden criticou a "incompetência" de Trump ao enfrentar a epidemia, acusando-o de silenciar os principais especialistas do governo.
Os democratas também atacaram os cortes no orçamento propostos por Trump para o CDC e para eliminar em 2018 uma alta posição na Casa Branca de um diretor encarregado da segurança global da saúde.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, liderando a luta contra o novo coronavírus, defendeu a administração da crise nesse domingo pelo governo e disse que o país estava "pronto" para enfrentar a epidemia.
"As pessoas devem entender que, tirando as áreas onde havia pessoas afetadas, para o americano médio o risco ainda é fraco", disse Pence.
"Haverá mais casos. Não há dúvida", disse Pence à NBC News. Mas "reuniremos os melhores especialistas e mentes científicas e trabalharemos todos os dias para conter esta doença, curar as pessoas afetadas. E estou muito confiante no fato de estarmos prontos e sei que vamos superá-la", acrescentou.
Segundo o vice-presidente, mais de 15 mil kits de detecção foram disponibilizados neste fim de semana, e o governo está trabalhando com um fornecedor para produzir mais 50 mil.
No sábado, 29, o presidente Donald Trump havia defendido o tratamento da epidemia, parabenizando-se por ter proibido (no dia 2 de fevereiro) a entrada no território dos EUA daqueles que estiveram na China nas duas semanas anteriores.
Pence anunciou a mesma medida para o Irã no sábado e aconselhou os americanos a não viajarem para as áreas mais afetadas da Itália e Coréia do Sul.
A Casa Branca pediu ao Congresso US $ 2,5 bilhões em fundos para combater a epidemia, mas a oposição democrata reivindica cerca de US $ 8,5 bilhões.
Enquanto isso, comentaristas da direita acusaram os democratas de politizar a crise da saúde, enquanto o filho do presidente Donald Trump Jr. disse esperar que o vírus "matasse milhões" para prejudicar seu pai.
/ COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS