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Exame de sangue pode identificar avanço de câncer de pele, diz estudo

4 nov 2013 - 18h17
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Um simples teste de sangue pode ser usado para identificar quando o tumor está se espalhando em pessoas que têm câncer de pele, segundo estudo apresentado no seminário do Instituto de Pesquisa de Câncer britânico, em Liverpool.

Tim Cook, autor do estudo e oncologista consultor da Universidade de Dundee (Grã-Bretanha), explica que é um grande desafio identificar a propagação do melanoma - o tipo mais sério de câncer de pele.

Por isso, ele e seus colegas de estudo acreditam que é importante medir os níveis de um gene chamado TFP12 no DNA de pacientes.

Cook argumenta que o exame de sangue é uma forma simples e precisa para descobrir o quão avançada está a doença, além de indicar se ela começou a se espalhar.

"Isso daria a médicos e pacientes informações importantes, com muito mais antecedência do que temos no momento", afirma. "Há crescentes evidências de que os tratamentos são mais eficientes nesses estágios iniciais. Se conseguimos identificar quando o câncer começar a se espalhar, poderemos aumentar significativamente suas chances de vencer a doença."

Segundo especialistas do setor, a descoberta pode levar a diagnósticos mais rápidos e novos tratamentos.

Sob a pele

Para Charlotte Proby, dermatologista da Universidade de Dundee, "usar exames de sangue para entender nosso DNA é uma forma simples de aprender melhor o que ocorre sob a nossa pele".

"O 'ligar' e 'desligar' de alguns genes parece ter efeito sobre quando, onde e por que o melanoma se espalha", diz ela.

O próximo passo do estudo, segundo Proby, é desenvolver um mapa de "biomarcadores", que ajudem a identificar pacientes que precisam de reforço no tratamento do melanoma.

Novos tratamentos

Mais de 8 entre 10 pacientes têm sobrevivido ao melanoma por ao menos dez anos, mas especialistas dizem que há muito a ser feito em prol de pessoas cujo câncer se espalhou para outros órgãos.

Por isso, o uso de exames de sangue pode ser importante, opina Harpal Kumar, executivo-chefe da ONG Cancer Research UK. "Essa pesquisa pode resultar em diagnósticos mais rápidos e a novos tratamentos em potencial, dando a pacientes e médicos mais chances de derrotar a doença", diz.

A mesma equipe de pesquisadores identificou outro biomarcador em potencial, chamado NT5E, que parece estar ligado ao avanço de um tipo agressivo de melanoma.

Os pesquisadores dizem que essa identificação pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para a doença, sobretudo em casos em que ela se espalha a órgãos como cérebro e pulmão.

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