Excesso de gordura em 2 áreas do corpo pode aumentar o risco de demência e Parkinson
Estudo descobriu que o local do excesso de gordura pode influenciar o risco de condições neurodegenerativas: barriga e braços superiores
Uma pesquisa descobriu que o local onde o excesso de peso é armazenado pode ter um impacto ainda maior no desenvolvimento de demência e Parkinson. No estudo, publicado na revista Neurology, o jornal médico da American Academy of Neurology, os pesquisadores sugerem que a gordura extra na barriga e nos braços superiores pode aumentar o risco dessas condições, enquanto um aumento na massa muscular pode diminuir o risco.
Os pesquisadores analisaram dados de 412.691 pessoas, que foram acompanhadas por uma média de nove anos. Durante o estudo, 8.224 pessoas desenvolveram doenças neurodegenerativas. O diagnóstico mais comum foi a doença de Alzheimer, com algumas pessoas desenvolvendo outras demências ou a doença de Parkinson.
No início do estudo, os participantes tinham uma idade média de 56 anos. Os pesquisadores avaliaram a composição corporal medindo cintura e quadris, força de preensão, densidade óssea e massa gorda e magra.
Eles descobriram que pessoas com mais gordura abdominal ou mais gordura nos braços superiores apresentaram um risco aumentado de desenvolver distúrbios neurodegenerativos.
Uma maior densidade óssea e uma distribuição de gordura predominante nas pernas diminuíram o risco, enquanto uma alta força muscular pareceu proteger contra a neurodegeneração.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a demência afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo e esse número aumenta a cada 3 segundos.
Também existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson. No Brasil, a estimativa é de que 200 mil pessoas vivam com a enfermidade.
Parte desse dado é devido ao aumento da longevidade, mas estudos mostram que outros fatores, como obesidade e falta de atividade física, também podem aumentar o risco de desenvolver demência e Parkinson. Em contraste, manter um peso saudável e praticar exercícios podem diminuir esse risco.