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Excesso de uso de Telas na infância: Dicas para os pais

Você já parou para refletir sobre quanto tempo seu filho passa diante de telas como celulares, televisores e computadores? O uso de telas na infância é uma preocupação cada vez maior. É inegável que os aparelhos eletrônicos fazem parte da […]

28 abr 2023 - 16h54
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Você já parou para refletir sobre quanto tempo seu filho passa diante de telas como celulares, televisores e computadores? O uso de telas na infância é uma preocupação cada vez maior. É inegável que os aparelhos eletrônicos fazem parte da nossa vida, uma realidade que não é vivenciada apenas por adolescentes, jovens e adultos. Pelo contrário, as crianças, cada vez mais novas, estão adquirindo o hábito de dedicarem horas dos seus dias diante das telas, muitas vezes incentivadas pelos próprios pais. Além disso, a pandemia também contribuiu muito para tornar este processo mais evidente, uma vez que as crianças passaram a ter atividades ainda mais voltadas para o uso de telas, fosse pelas aulas online ou mesmo pela impossibilidade de sair para atividades ao ar livre. Mas como evitar que o uso das telas se torne um excesso durante a infância? Neste artigo você confere as principais dicas para isto. Acompanhe a leitura!

Como o vício em telas surge na infância?

Assim como nos adultos, nas crianças os vícios não surgem da noite para o dia. No caso do vício em telas, existem muitas formas para que ele se desenvolva. Normalmente, as crianças começam a ter um contato inicial com os aparelhos eletrônicos e vão se tornando cada vez mais reféns deles — a prática de só conseguir fazer a criança chorar se entregar o celular para ela ou mesmo colocar a criança para assistir televisão enquanto realiza outras atividades. Este incentivo acaba se tornando maior e a necessidade de utilizar as telas também cresce. Afinal, se nos adultos o vício em telas é uma realidade, quem dirá nas crianças. Gradualmente, a criança vai dedicando ainda mais tempo aos aparelhos eletrônicos, usando todo o tempo livre para elas. Infelizmente, os pais acabam tendo um papel decisivo para esta realidade, mesmo que não percebam. Dessa forma, o vício em telas é uma consequência do ambiente social em que a criança vive e é causado pela busca da sensação de prazer a qual todos nós estamos sujeitos. Muito além disso, este vício é caracterizado como Transtorno de Dependência de Telas, definido pelo psicólogo norte-americano Aric Sigman e pode trazer sinais claros, como:

  • Preocupação excessiva para usar os aparelhos eletrônicos;
  • Isolamento;
  • Perda de interesse em outras atividades;
  • Birra e comportamento agressivo;
  • Uso das telas concomitantemente com a realização de outras atividades.
Excesso de uso de Telas na infância Dicas para os pais
Excesso de uso de Telas na infância Dicas para os pais
Foto: Sou Mais Bem Estar

Qual é o impacto desse hábito no desenvolvimento daquela pessoa?

Por mais que o uso de telas traga praticidade para o dia a dia dos pais e das crianças e sejam até mesmo uma atividade de lazer para elas, o uso em excesso pode ser prejudicial durante a infância. A Organização Mundial da Saúde, por exemplo, recomenda que crianças até 2 anos de idade não tenham contato algum com as telas, nem mesmo televisões. Passando desta faixa etária, o uso desse aparelho pode ser liberado, mas sem ultrapassar o limite de 1 hora por dia. Só com 8 anos de idade as crianças devem ter contato com celulares. Parece uma realidade muito difícil de ser colocada em prática, concorda? Mas ainda que seja um desafio, é necessário ser rigoroso neste aspecto. Isto porque o uso das telas podem trazer inúmeros malefícios para crianças, influenciando até mesmo na dificuldade de desenvolver habilidades de linguagem e sociais. Entres os impactos que o uso excessivo de telas traz, podemos destacar:

Atrasos no desenvolvimento cerebral

O uso em excesso de eletrônicos podem prejudicar drasticamente o desenvolvimento cerebral durante a infância, ocasionando diversas dificuldades como:

  • Déficit de atenção;
  • Distúrbios de aprendizado;
  • dificuldade para regular as próprias emoções;
  • Atraso na comunicação;
  • Aumento da impulsividade.

Tudo isso acontece porque a criança acaba consumindo muito conteúdo de forma passiva, sem ser levada a desenvolver brincadeiras ativamente — ou seja, sem que a criança tenha que pensar — o que dificulta o desenvolvimento cerebral e mental.

Problemas para dormir

Crianças que usam muito as telas também desenvolvem maior dificuldade para dormir. Isto acontece porque as luzes emitidas pelos aparelhos eletrônicos acabam estimulando os lados do cérebro que nos mantém acordados, fazendo com que não haja sono ou ele demore para vir.

Sedentarismo

O uso em excesso de telas faz com que as crianças se tornem sedentárias, uma vez que elas praticam cada vez menos brincadeiras que movimentem o corpo, como pular, correr, etc. Isto pode levar também a graves problemas de saúde, como a obesidade.

Quais são as principais dicas para diminuir ou findar o excesso de uso de telas na infância?

Agora que você já sabe os riscos que o excesso de telas pode trazer durante a infância, chegou a hora de saber como diminuir ou mesmo acabar com o excesso do uso de telas durante a infância. Confira as dicas:

Dica 1: Estimule o comportamento ativo da criança

Buscar atividades que estimulem o desenvolvimento ativo da criança é um dos primeiros passos para evitar que elas se prendam tanto às telas. Naturalmente, durante a infância, temos uma capacidade maior de desenvolver nossa imaginação, e as atividades lúdicas são muito boas para aperfeiçoar esta criatividade. Sugira atividades que façam a criança pensar, como montar quebra-cabeças, ou mesmo fazer contações de histórias. Outra ótima opção é colocar a criança para aprender a tocar um instrumento, uma atividade que foge da rotina e também traz um desafio para a criança.  

Dica 2: Dedique tempo para o seu filho

Uma das principais dicas que podem ajudar seu filho a diminuir o tempo nas telas envolve diretamente seu esforço. É importante que os pais estejam disponíveis para dedicar tempo de qualidade aos filhos, pensando e propondo atividades que possam fazer juntos. Tenha momentos de lazer ao ar livre, como parques, praças, etc. Mesmo quando estiverem em casa, busque também fazer atividades que não envolva tecnologia, brinque com seu filho, joguem jogos de tabuleiro, tirem um tempo para fazerem uma receita juntos, entre outras atividades.

Dica 3: Seja um exemplo

Ligado diretamente a nossa dica anterior está a importância de ser um exemplo. As crianças são muito observadoras e costumam reproduzir as ações das pessoas ao redor. Por isso, antes mesmo de exigir que seu filho fique fora das telas, perceba quanto tempo você dedica a elas. De nada adianta exigir que a criança evite os eletrônicos quando dentro de casa os próprios adultos não conseguem se desprender deles.

Dica 4: Estabeleça limites

Quando as crianças já estão acostumadas a ficarem muito tempo diante das telas, torna-se ainda mais difícil fazer com que elas se adaptem longe delas. Por isso, é importante que desde cedo sejam estabelecidos limites para o tempo de uso de celulares, tablets, videogames, entre outros. Coloque um tempo máximo para a criança ter contato com esse aparelho, podendo estabelecer até mesmo um dia específico na semana para que ela use cada um deles.

Dica 5: Negocie quando necessário

Nem sempre dar apenas uma ordem vai ser efetivo para a criança obedecer. Por isso, esteja aberto para negociar quando for necessário. Por exemplo, por que não deixar que a criança passe uma hora jogando no celular se depois ela for jogar bola? Misturar essas atividades pode ajudar a criança a se sentir mais livre e encontrar diversão de múltiplas formas. No entanto, é importante ter cuidado para que a criança não se sinta no controle da situação e assuma o lugar do adulto. A negociação é um caminho, mas não deve ser uma regra.  

Sou Mais Bem Estar
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