Existem 4 tipos de leite materno: aprenda a diferença
Aprenda a diferença entre os quatro tipos de leite maternos e saiba a importância da amamentação para o bebê
Que a amamentação fornece todos os nutrientes necessários para o bebê até os seis meses de idade, você provavelmente já ouviu falar. Mas sabia que existem diferentes tipos de leite materno? Pois é. A composição pode variar de acordo com a idade da criança, o período do dia e a alimentação da mãe.
Esse alimento natural é responsável por nutrir a criança com proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água. De acordo com a nutricionista Adriana Pittelkow, ele contém elementos que o leite em pó não consegue incorporar, sendo perfeito para os recém-nascidos. “O leite materno protege o bebê de certas doenças e infecções”, acrescenta Adriana.
Conheça os 4 tipos de leite materno
Os nutrientes do leite materno são essenciais para o desenvolvimento infantil. Por isso, a mãe deve deixar o pequeno sugar o peito até esvaziá-lo, garantindo que todos os quatro tipos do alimento sejam aproveitados pela criança. Entenda a diferença a seguir:
Colostro
É o líquido mais espesso e amarelado que surge antes do parto e continua sendo produzido até por volta de sete dias após o nascimento da criança. Ele contém anticorpos que são aliados na proteção do recém-nascido. “É abundante em vitaminas e fatores de maturação que ajudam no desenvolvimento intestinal do bebê”, explica a nutricionista.
Os outros três tipos de leite materno são provenientes da transformação do colostro. Esse amadurecimento costuma acontecer aproximadamente 15 dias após o parto.
Leite materno anterior
É produzido e liberado no momento em que o bebê inicia a mamada. É fluído, já que contém altos níveis de água. Também é rico em lactose. “Esse leite sozinho não consegue saciar a fome do bebê, pois tem pouca proteína e pouca gordura”, explica Adriana.
Leite materno intermediário
É a transição entre o leite anterior e o posterior. Contém muita proteína.
Leite materno posterior
Surge apenas ao final de cada mamada. É rico em gordura e em proteína. Sem ele, o bebê não fica saciado e não ganha peso. “A privação do leite materno posterior pode dificultar o desenvolvimento e causar até mesmo desconfortos e problemas de saúde”, alerta a nutricionista.
Benefícios do leite materno
Segundo Adriana, amamentar estabelece uma ligação emocional muito forte e precoce entre a mãe e o bebê. “Atualmente, sabe-se que um vínculo afetivo sólido facilita o desenvolvimento da criança e o seu relacionamento com as outras pessoas”, lembra a profissional.
A amamentação ajuda a prevenir doenças como otites, alergias, vômitos, diarreia, pneumonia, bronquiolites e meningites, além de melhorar o desenvolvimento mental e auxiliar na formação da boca e do alinhamento dos dentes dos pequenos.
As mamães também são beneficiadas pelo contato direto com seus filhos. A mulher que amamenta se sente mais segura e menos ansiosa. O ato ajuda na queima de calorias, facilitando o processo de emagrecimento pós-gravidez, e também estimula o útero a regressar ao seu tamanho normal mais rapidamente, protegendo o corpo de osteoporose, anemia e até câncer.
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida da criança e que ela permaneça mamando até os 2 anos, enquanto recebe a alimentação complementar.