Fadiga e falta de libido? Veja 5 sinais de deficiência hormonal
A deficiência hormonal pode impactar todo o organismo, incluindo a disposição e o apetite sexual. Saiba identificar o problema
Os hormônios basicamente regulam todo o nosso organismo - desde o crescimento até o equilíbrio interno, com impactos na disposição, no apetite sexual e também no metabolismo. Por isso, qualquer desregulação pode gerar desconfortáveis sinais de alerta. Geralmente, eles mostram a necessidade de compensar algum tipo de deficiência hormonal.
Vale lembrar que a produção dos hormônios sexuais cai naturalmente a partir dos 30 ou 35 anos, o que tem comprovação científica, comenta a Dra. Marcela Almeida, médica ginecologista especialista em reposição hormonal. O fenômeno acontece tanto para homens quanto para mulheres, que mais tarde devem enfrentar a andropausa e a menopausa, respectivamente.
A mulher passa pela menopausa por volta dos 50 anos de idade, na maioria dos casos. Já o homem passa pela andropausa em torno dos 40 aos 55 anos, explica Marcela. Esses períodos marcam a falta total da produção hormonal.
5 sinais de deficiência hormonal
A médica especialista em reposição hormonal explica quais são os 5 sinais de deficiência de hormônios no organismo. Confira:
1 - Fadiga
"Um dos principais sintomas de deficiência hormonal é a fadiga, também chamada de cansaço. Neste caso, o paciente começa a relatar dificuldade de conseguir seguir com as atividades cotidianas de forma adequada, como ocorre quando há a produção normal dos hormônios sexuais. Antes de finalizar o dia, por exemplo, a mulher refere um cansaço extremo e o sono já não se apresenta reparador", detalha a médica.
2 - Perda da libido
Seja para o homem ou para a mulher, mas mais significativo no sexo masculino, a perda da libido é um sinal importante da queda dos níveis hormonais sexuais, aponta Marcela. Segundo ela, na mulher, essa queda está associada a uma deficiência estrogênica e de testosterona. Já no homem, a deficiência da testosterona se apresenta em um nível muito maior. "A perda da libido afeta a atividade sexual de maneira significativa e muitas vezes compromete, se não corrigida, as relações interpessoais", alerta.
3 - Ganho de peso
O ganho de peso em decorrência de deficiência hormonal é bastante frequente. "Neste caso, é comum os pacientes relatarem um aumento da circunferência abdominal, originado de um acúmulo de gordura na cintura. Inclusive, isso tem uma associação muito importante ao aumento do risco cardiovascular, pois quanto maior a circunferência abdominal maior será o risco de infartos e doenças cerebrovasculares", revela a especialista.
Marcela destaca que, nas mulheres, o risco de infarto se torna ainda muito maior com o passar do tempo. Por isso, a questão do peso e do acúmulo de gordura abdominal devem ser bem controlados.
"A falta ou menor produção do estrogênio muda a composição corporal feminina que tem um acúmulo de gordura com predominância no bumbum e coxas. Esses fatores são característicos da presença do estrogênio. Na deficiência desse hormônio esse padrão é perdido, passando então para um predomínio mais abdominal", explica.
4 - Sarcopenia
Tanto em homens quanto em mulheres, um sintoma bastante importante proveniente do envelhecimento e baixa produção hormonal é a sarcopenia, que se caracteriza pela perda de massa muscular. "Devido a esse processo, existe uma maior dificuldade na execução de atividades cotidianas, na realização de movimentos afetando assim muitas vezes a autonomia dos pacientes", afirma a médica.
"Estudos comprovam que a deficiência de massa muscular também está associada a um risco cardiovascular maior. Além disso, já sabemos que quanto mais músculos produzidos melhor é a qualidade de vida associada a um envelhecimento mais saudável com menores chances de doenças cardiovasculares", diz.
Portanto, a profissional destaca a importância de realizar uma atividade física regular e avaliar a necessidade de uma reposição hormonal (com indicação médica) com objetivo de ganho de massa muscular.
5 - Alteração vaginais e infecção urinária de repetição
Na mulher existem diversas alterações vaginais causadas pela deficiência hormonal. É o caso, por exemplo, da diminuição da lubrificação do canal vaginal e a atrofia, causando uma dificuldade no momento da penetração na relação sexual, o que gera dor.
"Além disso, a queda nos hormônios sexuais, nesse caso mais especificamente o estradiol, também faz com que toda a flora vaginal altere diminuindo a proteção local, o que acarreta em prejuízos na saúde sexual e aumenta a incidência de infecções urinárias ou vaginais de repetição, como a candidíase por exemplo", alerta a especialista.