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Falta de atividade física pode matar, alerta especialista

27 fev 2014 - 18h35
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Embora nunca tenha se falado tanto sobre vida saudável como hoje, é contraditório o aumento do número de pessoas sedentárias, que não gastam o que consomem. Em 2004, o sedentarismo era o quarto fator de risco e hoje é o segundo, perdendo apenas para a hipertensão arterial.

"Isso acontece porque não há uma percepção de que o sedentarismo mata. Para as pessoas, o que mata é a hipertensão, o diabetes e o câncer", afirma a médica Sandra Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

Nos tempos atuais, gasta-se uma caloria a cada sete consumidas. Na Era Paleolítica, essa relação era de uma gasta a cada três consumidas.

"Acredito no equilíbrio. As pessoas têm que buscar o seu balanço energético, ou seja, gastar o que consomem. Não tem mágica para isso, é uma simples soma", resume ela.

Segundo a especialista, o estilo de vida é responsável por 50% das causas das principais doenças que mais matam, como infarto, AVC e câncer.

"Temos 50% de chance de evitar essas doenças. Basta optar por mudanças de hábitos que incluam atividades físicas", avalia.

A recomendação é de pelo menos 30 minutos de atividade física moderada, de forma contínua ou acumulada - duas sessões de 15 minutos ou três sessões de 10 - pelo menos cinco vezes por semana.

"Essa rotina diminui em 84% os riscos de infarto e em 36% os casos de câncer, além de reduzir os riscos cardiovasculares e de hipertensão, mesmo no caso de fumantes", ressalta.

A má notícia é que mesmo quem faz atividade física regularmente deve se preocupar com o tempo que permanece sentado ao longo do dia. Dados recentes mostram que esses casos apresentam um aumento de 40% nos fatores de risco de doenças cardiovasculares.

Segundo uma pesquisa, uma média de seis horas todos os dias sentado em frente ao computador ou à TV corresponde a cinco anos a menos de expectativa de vida. "A orientação é se movimentar por 10 minutos a cada uma hora sentado. Atender ao telefone andando ou colocar o notebook numa mesa mais alta para digitar em pé são boas dicas para quem trabalha em escritório", sugere.

EFE   
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