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Família diz que sobrinha não notou morte de idoso por estar sob efeito de remédio

Medicamento para insônia, citado pela família, ficou conhecido nas redes sociais por causa dos relatos sobre seus efeitos colaterais

24 abr 2024 - 18h35
(atualizado às 20h12)
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Resumo
Érika de Souza Vieira Nunes foi presa após tentar sacar um empréstimo com o tio já morto. Familiares relatam que ela usava medicamentos, mencionando o zolpidem entre eles, que possui entre seus efeitos colaterais alucinações, agitação, pesadelos e depressão.
Érika de Souza ao lado de Paulo Roberto Braga
Érika de Souza ao lado de Paulo Roberto Braga
Foto: Reprodução/TV Globo

Familiares de Érika de Souza Vieira Nunes acreditam que ela estava sob efeitos de medicamentos quando seu tio, Paulo Roberto Braga, morreu. Naquele dia, ela o levou até uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo. Um dos remédios citados pelos parentes é o zolpidem, que ficou conhecido na internet por causa dos relatos dos usuários do medicamento.

"Fui dar uma olhadinha básica na Shopee e descobri que ontem fiz uma compra dopada de zolpidem", escreveu uma usuária esta semana no X (antigo Twitter). "Nunca mais tomo zolpidem na vida, é uma noite mais caótica do que a outra", disse outra pessoa, na mesma rede social.

O remédio é indicado para tratamento de insônia em adultos. Entre os efeitos colaterais comuns, a bula indica alucinações, agitação, pesadelos e depressão. Quem citou o uso de zolpidem por Érika foi o irmão dela, Elizeu Nunes dos Santos, em entrevista ao jornal O Globo

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O filho de Érika, Lucas Nunes dos Santos, de 27 anos, reforçou a hipótese.

"Ela estava sob efeito de medicamentos. Tenho certeza de que ela não percebeu que o tio Paulo já tinha morrido. Em juízo normal, a minha mãe não ia conversar e pedir para um morto assinar um papel", disse ao jornal.

Segundo Lucas, que é bombeiro militar, a mãe vinha tratando uma depressão desde 2019, e, de lá para cá, o uso de remédios diferentes se tornou uma constante em sua vida. No último domingo, 21, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, os familiares mostraram dois laudos psiquiátricos, já enviados à Justiça, que pedem a internação de Érika.

Nas solicitações de internação, há menções a "alucinações auditivas" e "dependência de medicamentos".

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Investigações

Érika foi presa em flagrante no último dia 16, após constatarem que o idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto no momento em que a sobrinha tentava fazer com que ele assinasse a permissão para sacar um empréstimo de R$ 17 mil, em uma agência no Rio de Janeiro. Posteriormente, sua prisão foi convertida para preventiva.

Na decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha afirmou que a mulher não demonstrou nenhuma preocupação com o estado do idoso que alegou ser cuidadora.

A defesa da acusada recorreu da decisão e pediu a prisão domiciliar para que ela possa cuidar da filha de 14 anos. A garota possui diagnóstico de doença crônica. Para justificar a solicitação, a defesa alegou que Erika não oferece riscos e colaborou com as investigações.

Fonte: Redação Terra
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