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Família recebe mais de R$ 50 milhões de indenização por erro médico 20 anos depois

Jovem ficou com paralisia cerebral entre outras sequelas após médicos terem demorado para agir durante parto

29 nov 2024 - 16h42
(atualizado às 16h46)
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Lancashire Teaching Hospitals NHS Foundation Trust foi condenada a pagar idenização a família
Lancashire Teaching Hospitals NHS Foundation Trust foi condenada a pagar idenização a família
Foto: Reprodução/Facebook

Os pais de um jovem de 20 anos, que ficou com sequelas graves após um erro médico ainda durante o parto, receberam uma indenização de £ 9 milhões (cerca R$ 57.279.600,00). A vítima ficou com várias condições, entre elas, paralisia cerebral (PC) mista discinética e dificuldades de aprendizagem requerendo cuidados constantes. O valor será direcionado para os cuidados do rapaz. 

A decisão foi sancionada na última quarta-feira, 27, pelo Royal Courts of Justice, em Londres, na Inglaterra. A mãe foi internada com problemas de pressão com 36 semanas de gravidez, em um hospital de Preston, em Lancashire, no noroeste do país. Apesar da condição e os sinais de que o bebê estava em perigo, os médicos optaram por não agir e falaram que estava monitorando.

Duas semanas depois, a pressão arterial continuou alta e os movimentos do bebê diminuíram, mas ela foi aconselhada a não se preocupar. Com 38 semanas, ela foi internada novamente, no entanto, o hospital não agiu novamente. 

Uma semana depois, nossa cliente só sentiu o bebê se movimentar apenas uma vez dentro de 24h. Ela foi internada novamente. Apesar dos exames demonstrarem resultados anormais de que o bebê estava em risco, a cesárea de emergência só foi realizada várias horas mais tarde”, diz a advogada do casal, Diane Rostron, em entrevista ao portal de notícias britânico “Lancs Live”. 

Para a defesa, o hospital estava ciente dos sinais de alerta em relação ao bebê semanas antes do nascimento finalmente acontecer. O bebê nasceu em estado grave após ter sofrido privações de oxigênio, o que causou danos cerebrais irreversíveis. 

“Ele seria um jovem adulto saudável, vivendo a vida como qualquer outro rapaz de 20 anos. Em vez disso, ele não tem capacidade mental e dependerá de outras pessoas para todas as suas necessidades e cuidados”, pontuou a profissional. 

A mãe do menino relatou que ainda se sente triste por ter sido tranquilizada tantas vezes sobre as suas próprias preocupações e que sabia que havia algo errado nas primeiras 30 semanas. De acordo com ela, não pode voltar a trabalhar devido aos cuidados com o filho e que a vitória na justiça é um enorme alívio, pois conseguiram garantir os cuidados para ele até o resto da vida. 

Fonte: Redação Terra
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