Família recebe mais de R$ 50 milhões de indenização por erro médico 20 anos depois
Jovem ficou com paralisia cerebral entre outras sequelas após médicos terem demorado para agir durante parto
Os pais de um jovem de 20 anos, que ficou com sequelas graves após um erro médico ainda durante o parto, receberam uma indenização de £ 9 milhões (cerca R$ 57.279.600,00). A vítima ficou com várias condições, entre elas, paralisia cerebral (PC) mista discinética e dificuldades de aprendizagem requerendo cuidados constantes. O valor será direcionado para os cuidados do rapaz.
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A decisão foi sancionada na última quarta-feira, 27, pelo Royal Courts of Justice, em Londres, na Inglaterra. A mãe foi internada com problemas de pressão com 36 semanas de gravidez, em um hospital de Preston, em Lancashire, no noroeste do país. Apesar da condição e os sinais de que o bebê estava em perigo, os médicos optaram por não agir e falaram que estava monitorando.
Duas semanas depois, a pressão arterial continuou alta e os movimentos do bebê diminuíram, mas ela foi aconselhada a não se preocupar. Com 38 semanas, ela foi internada novamente, no entanto, o hospital não agiu novamente.
“Uma semana depois, nossa cliente só sentiu o bebê se movimentar apenas uma vez dentro de 24h. Ela foi internada novamente. Apesar dos exames demonstrarem resultados anormais de que o bebê estava em risco, a cesárea de emergência só foi realizada várias horas mais tarde”, diz a advogada do casal, Diane Rostron, em entrevista ao portal de notícias britânico “Lancs Live”.
Para a defesa, o hospital estava ciente dos sinais de alerta em relação ao bebê semanas antes do nascimento finalmente acontecer. O bebê nasceu em estado grave após ter sofrido privações de oxigênio, o que causou danos cerebrais irreversíveis.
“Ele seria um jovem adulto saudável, vivendo a vida como qualquer outro rapaz de 20 anos. Em vez disso, ele não tem capacidade mental e dependerá de outras pessoas para todas as suas necessidades e cuidados”, pontuou a profissional.
A mãe do menino relatou que ainda se sente triste por ter sido tranquilizada tantas vezes sobre as suas próprias preocupações e que sabia que havia algo errado nas primeiras 30 semanas. De acordo com ela, não pode voltar a trabalhar devido aos cuidados com o filho e que a vitória na justiça é um enorme alívio, pois conseguiram garantir os cuidados para ele até o resto da vida.