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Foi picado por uma aranha? Saiba o que fazer para evitar o agravamento

Homem de Praia Grande procurou atendimento, mas demorou a receber antígeno. Caso resgata importância dos primeiros passos após o acidente

10 jan 2024 - 12h19
(atualizado às 12h24)
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Um garçom de 31 anos de Praia Grande (SP) levou picadas no dedo de uma aranha-marrom. Segundo Wilker Guimarães, o incidente aconteceu enquanto ele dormia. Agora, ele terá o dedo indicador amputado porque o membro necrosou graças ao veneno do animal.

O caso

Homem terá dedo amputado após picada de aranha e relata negligência médica
Homem terá dedo amputado após picada de aranha e relata negligência médica
Foto: Arquivo Pessoal/Wilker Guimarães
  • O que aconteceu? Wilker mora em Praia Grande, na Baixada Santista. Em entrevista ao Terra, o garçom conta que levou a picada no dia 28 de dezembro e acordou com dores na mão. Depois de um tempo, reparou que havia um pequeno corte no dedo.
  • Negligência médica: Wilker alega que foi vítima de negligência médica, uma vez que foi duas vezes à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região de Samambaia e não recebeu o antídoto, pelo contrário: recebeu medicamentos para dor e para dormir. Foi apenas na terceira vez, ao ir até a UPA Central, que recebeu a orientação correta.
  • Médico estava ciente: ainda de acordo com o homem, o médico sabia do risco da picada. Ao voltar pra casa depois de ir até a UPA Samambaia, ele encontrou aranhas em seu apartamento e retornou ao local para contar ao médico. Mesmo assim, continuou recebendo apenas medicação para dor, sem receber o antídoto.
  • Mudou de UPA: no dia 29, com muita dor, Wilker decidiu ir até a UPA Central, de onde foi encaminhado para a UPA Quietude, local em que finalmente recebeu o soro.
  • Nova transferência: depois de receber o antídoto, a vítima voltou a ser transferida, dessa vez para o Hospital Irmã Dulce. Ele aguarda o procedimento cirúrgico para amputação do membro.
  • O que diz a Prefeitura: em nota, a Prefeitura de Praia Grande confirmou a situação do homem e disse que vai apurar o caso para saber se houve negligência médica.

Como proceder nesses casos?

Após uma picada de aranha, a orientação geral é que você procure ajuda médica imediatamente. Os profissionais da saúde orientarão sobre como proceder. Em alguns casos, se a dor for muito forte, você pode usar compressa quente no local da picada.

Especialistas também recomendam que, se possível, você capture o animal em um pote de vidro para levá-lo até o hospital. Assim os profissionais saberão qual soro ou medicamento usar para o tratamento.

Os sintomas da picada de aranha são:

  • Dor (pode ser intensa)
  • Marca (edema) discreto
  • Vermelhidão (eritema)
  • Sudorese no local

A aranha que picou Wilker, porém, não causa esses efeitos imediatamente – eles aparecem de 6 a 12 horas após a picada. Ainda assim, a orientação é que a vítima procure uma unidade de saúde mais próxima no momento em que sentir os sintomas.

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Segundo o Ministério da Saúde Brasileiro, as aranhas que mais causam acidentes no país pertencem às seguintes espécies:

  • Loxosceles – Conhecidas como aranha-marrom ou aranha-violino. As aranhas deste gênero não são agressivas, picam geralmente quando comprimidas contra o corpo. Têm, em média, um centímetro de corpo e até três de comprimento total. Possuem hábitos noturnos, constroem teias irregulares, como “algodão esfiapado”. Escondem-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação.
  • Phoneutria – São popularmente chamadas de aranha-armadeira ou macaca. São bastante agressivas, assumindo posição de defesa saltando até 40 cm de distância. O corpo pode atingir 4 cm, com 15 cm de envergadura. São aranhas caçadoras, com atividade noturna. Abrigam-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira. Podem se alojar também em sapatos, atrás de móveis, cortinas, sob vasos, entulhos, materiais de construção, etc.
  • Latrodectus – São as famosas aranhas viúva-negra. Não são agressivas. As fêmeas podem chegar a 2 cm e os machos são menores, de 2 a 3 mm. Têm atividade noturna e hábito de viver em grupos. Fazem teias irregulares em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva ou sob pedras. São encontradas próximas ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins.

Quando o médico detectar que não há risco de intoxicação, é comum que ele oriente apenas o uso de analgésico e medicamentos para tratar a região.

Fonte: Redação Terra Você
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