Galisteu revela que faz reposição hormonal para lidar com menopausa
Em entrevista, apresentadora diz estar vivendo o auge de sua vida pessoal e profissional aos 50 anos
A apresentadora Adriane Galisteu afirmou estar vivendo o auge de sua vida aos 50 anos. Em entrevista concedida ao Viva Bem, a apresentadora revelou que está há dois anos fazendo o tratamento de reposição hormonal para lidar com a menopausa.
"Estou fazendo a reposição há dois anos. Foi no processo do climatério, aquela coisa que menstrua, para, pinga, para, para, não vem, depois volta, depois vem de novo. É difícil. Nunca tive TPM, mas senti uma mudança de humor nessa fase", disse.
Segundo a artista, o único arrependimento é não ter começado o tratamento antes. "Acho que a idade ideal para iniciar uma reposição hormonal, ou pelo menos olhar para isso, seria com uns 38 anos". Nessa idade, Galisteu tinha acabado de dar à luz ao filho Vitório.
Para Galisteu, os primeiros sintomas da menopausa foram falta de sono, mudança de humor e aumento de cansaço. "Conversei muito pouco sobre esses assuntos com a minha mãe, minha mãe conversou menos ainda com a mãe dela. Então as referências estavam em outros lugares e os outros lugares não tocavam nesse assunto. E quando tocavam, demonizavam essa situação", comentou.
Foi com ajuda médica que a artista conseguiu contornar a situação. Hoje, ela afirma estar vivendo a melhor a melhor fase de sua vida: "É tão louco me ver hoje no auge dos meus 50 anos trabalhando, feliz da vida, feliz com a imagem que vejo no espelho, e poder falar sobre esse assunto e ajudar as mulheres que ainda se apavoram com isso. Mas é incrível como o doutor André abriu a minha cabeça com esse assunto e mostrou que é possível."
Ainda, segundo Adriane, algumas amigas passaram pela menopausa sem “sofrer nada”; ela, contudo, com o tempo experimentou diversos sintomas, inclusive as tão temidas “ondas de calor”. "Realmente tive uma reação física bruta", finalizou.
Quais são os sintomas da menopausa?
Como a especialista Helena Hacul (professora de Saúde da Mulher na Faculdade de Medicina Albert Einstein) já antecipou nesta matéria do Terra Você, o importante é estar atento às características deste período. "Quando sabemos as modificações pelas quais vamos passar, enfrentamos melhor e sabemos o que fazer. O ginecologista deveria preparar a mulher para as alterações que vêm com a menopausa".
Pensando nisso, conheça abaixo, em tópicos, os principais sintomas da menopausa:
Irregularidades menstruais
Isso pode incluir períodos mais leves, mais pesados, mais frequentes ou mais espaçados.
Ondas de calor
Súbitos sentimentos de calor que podem afetar o rosto, pescoço e peito, muitas vezes seguidos de suores frios. Segundo a médica Helena Hacul, as ondas de calor são um dos sintomas mais recorrentes da queda de produção de estrogênio pelos ovários e é relata por 70% das mulheres no climatério, em intensidade e frequência variáveis.
Suores noturnos
Semelhantes às ondas de calor, mas ocorrem durante a noite, muitas vezes causando distúrbios no sono.
Insônia
Dificuldade em adormecer ou manter o sono devido a suores noturnos ou outras razões. É um problema que afeta 60% das mulheres nesta fase da vida.
Mudanças de humor
Variações de humor, irritabilidade, ansiedade e até depressão são comuns.
Alterações vaginais
O ressecamento vaginal pode causar desconforto durante as relações sexuais e aumentar o risco de infecções do trato urinário.
Ganho de peso
Alterações hormonais podem levar ao ganho de peso, especialmente na região abdominal.
Secura na pele e cabelos
A pele pode ficar mais seca e os cabelos mais finos e quebradiços.
Quando fazer a reposição hormonal?
Segundo o ginecologista Rogério Bonassi Machado, presidente da Sociedade Brasileira do Climatério (Sobrac), a terapia hormonal é indicada para mulheres que querem aliviar os sintomas como ondas de calor e sudorese (conhecidos como fogachos), ansiedade, irritabilidade, desânimo, alterações de sono, fadiga e perda de libido,
Para avaliar se uma mulher pode fazer a terapia hormonal, o médico - geralmente um ginecologista ou endocrinologista - deverá fazer uma detalhada investigação clínica, com muitas perguntas e alguns exames, como de sangue, cardiovasculares e de imagem, como a mamografia.
De acordo com o ginecologista, as principais contraindicações absolutas são alterações hepática (cirrose, hepatite, por exemplo), histórico pessoal de câncer como de mama ou de endométrio, trombose venosa e histórico pessoal de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).