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Genética causa 50% dos casos de obesidade, diz especialista

Entre os fatores que colaboram para o ganho de peso estão sedentarismo, uso de alguns medicamentos, mudanças de hábitos e estresse

21 ago 2014 - 09h26
(atualizado às 09h59)
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Foto: Pavel Losevsky / Getty Images

Estar acima do peso e não conseguir emagrecer é um problema que pode ser relacionado a fatores mais complexos do que apenas uma dieta irregular ou uma rotina sedentária. De acordo com o endocrinologista Alfredo Halpern, algumas pessoas apresentam problemas relacionados à genética ou até mesmo metabólicos que dificultam a perda de peso e faz com que a obesidade se torne um risco ainda maior.

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"Existem pessoas que produzem gordura com mais facilidade. Nesses casos, mesmo que elas a consumam numa quantidade não muito grande no dia a dia, acabam estocando gordura com mais facilidade", ressalta o especialista.

Halpern alerta que nem sempre a questão hormonal é a responsável por uma obesidade descontrolada, como o hipotiroidismo ou outras disfunções do gênero. De acordo com ele, "as disfunções hormonais são a causa de no máximo 10% dos casos de obesidade".

"O que quero dizer é que os mecanismos para fazer engordar são muito mais complexos do que apenas os alimentos. A pessoa pode e deve fazer uma dieta, mas pode ser que não venha a funcionar. Muitas vezes ela precisa tomar remédio ou investigar o que está acontecendo com ela", defende o endocrinologista.

Entre os fatores que colaboram para o ganho de peso estão, além do sedentarismo, o uso de alguns medicamentos, mudanças de hábitos, estresse e diversos outros fatores muito pouco observados por quem busca perder peso.

Entre as causas, Halpern destaca: "a falta de sono, substâncias químicas como inseticidas e organoclorados, talvez ar condicionado por conta da diminuição da variabilidade térmica, parar de fumar, alguns remédios como os antidepressivos", e até mesmo o fator genético, apontado pelo endocrinologista como responsável por 50% dos casos de obesidade.

Ele explica que nesses casos a pessoa "tem um metabolismo mais lento e produz gordura com mais facilidade. Isso diminui a queima calórica e pode aumentar também a quantidade de comida que é digerida", destaca Halpern.

Por isso, o especialista aponta para a necessidade de se observar os antecedentes familiares e estar atento para o caso de uma dieta não estar funcionando, ainda que seguida cuidadosamente.

"Analisar os antecedentes familiares provavelmente vai te ajudar muito a identificar se é um fator genético, mas é preciso ficar atento principalmente se a pessoa percebe que não come tanto, mas engorda mais que os outros. Isso já é um sinal", sugere.

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EFE   
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