Dificuldade para amamentar pode ser sinal de diabetes, diz estudo
Segundo um estudo do Centro Médico Infantil de Cincinnati e da Universidade da California, as mulheres que têm problemas para amamentar podem estar mostrando os primeiros sinais de diabetes. Os pesquisadores descobriram que a insulina tem um importante papel no leite materno e que estas mães que fabricam pouca quantidade do alimento podem estar com baixas taxas do hormônio.
Segundo o site Daily Mail, por muito tempo a insulina não era relacionada com a produção do leite humano, no entanto, os pesquisadores descobriram que a glândula mamária é sensível à insulina durante o processo de produção do leite. Por isso, os médicos sugerem que as mulheres nesta situação chequem o nível do hormônio.
A insulina é diretamente relacionada com a diabetes, uma vez que as pessoas diagnosticadas com o tipo 1 da doença não produzem o hormônio e, aquelas com o tipo 2, o produzem, mas o corpo não responde bem a ele.
A especialista responsável pelo estudo, Dra. Laurie Nommsen-Rivers, explicou que a pesquisa mostra que as mulheres que não metabolizam insulina suficiente o leite demora mais para chegar. Além da baixa presença do hormônio, fatores como estar acima do peso, estar em idade avançada e dar à luz um bebê muito grande também influenciam na amamentação.
"Considerando que 20% das mulheres entre 20 e 44 anos são pré-diabéticas, pode-se dizer que mais de 20% das novas mães nos Estados Unidos têm o risco de apresentar uma baixa produção de leite devido a falta de regulação nos níveis de insulina", explica Nommsen-Rivers.
Os resultados foram obtidos depois de estudos de uma cadeia de moléculas da glândula mamária e do leite materno. Depois de descoberta a importância da insulina na fabricação do leite materno, os médicos planejam o uso de um remédio que ajuda a controlar a diabetes tipo 2 para determinar se isso irá afetar a ação do hormônio nas glândulas mamárias. Caso o resultado seja positivo, eles esperam que isso aumente a produção do leite materno nas mulheres com deficiência de insulina.
No entanto, para a especialista, o uso de medicamento não é a melhor forma de resolver o problema. "A melhor abordagem é a prevenção. Modificar a dieta e fazer exercícios físicos são métodos mais poderosos que os remédios", afirma.