Estudo: obesas que fazem cirurgia bariátrica têm filhos mais magros
As mulheres obesas que se submeteram à cirurgia bariátrica para redução de peso têm menos propensão de terem filhos obesos. O procedimento afeta os genes do bebê no útero, segundo nova pesquisa feita pela Universidade de Laval, no Canadá, tornando estas crianças menos predispostas a desenvolver diabetes ou doenças cardíacas. As informações são do Daily Mail.
Especialistas disseram que não é a mãe que passa genes diferentes ao bebê, mas, sim, a forma como eles funcionam. Os pesquisadores recolheram amostras de sangue de crianças nascidas de 20 mulheres, antes e após a cirurgia de redução do estômago. Depois de comparar marcas químicas em mais de 5.600 genes entre os irmãos mais novos e mais velhos, eles encontraram diferenças significativas na atividade de certos genes agrupados em caminhos conhecidos por afetar o metabolismo de açúcar no sangue e o risco de doenças cardíacas.
John Kral, co-autor do estudo, explicou que mães com sobrepeso têm níveis mais elevados de açúcar e gordura no sangue, que são transportados para o útero e para o bebê. Isso pode mais do que estimular o crescimento fetal. Susan Murphy, da Universidade de Duke, que não estava envolvida na pesquisa canadense, disse fazer sentido biológico que o ambiente nutricional afetasse o metabolismo em desenvolvimento.