Uma em cada 14 mulheres apresenta distúrbio alimentar nos primeiros três meses de gravidez, segundo um estudo da Universidade College London, na Inglaterra. Um quarto se mostra muito preocupada com o peso e forma, e 2% têm comportamentos indevidos regularmente, como jejuar, exercitar-se excessivamente, induzir o vômito e até usar laxante. Os dados são do jornal Daily Mail.
O levantamento contou com dados de 700 gestantes. Todas tiveram de responder a um questionário anônimo sobre hábitos alimentares e sintomas e que foram avaliados nos três primeiros meses de gravidez.
“Há boas evidências de que distúrbios alimentares na gravidez podem afetar tanto a mãe como o bebê em desenvolvimento”, disse a cientista Nadia Micali. “Os sintomas típicos da gravidez, como ganho de peso e vômitos, podem mascarar a presença de um transtorno alimentar. Muitas mulheres com distúrbios alimentares podem passar despercebidas e sem tratamento”, acrescentou a pesquisadora Abigail Easter.
Julie Dunbar fez redução de estômago para emagrecer, mas houve um efeito colateral - seu corpo parou de absorver os nutrientes dos alimentos ingeridos. Com isso, ela perdeu 89 kg em apenas um ano
Foto: The Grosby Group
Juie passou de 127 kg para 38 kg em 12 meses. No começo ela ficou feliz pela rápida queda de peso, mas foi parar no hospital à beira da morte por desnutrição
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Foto de arquivo da britânica antes da operação
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Dona de um pub na Inglaterra, Julie pagou 10 mil libras (quase R$ 30 mil) pela operação em dezembro de 2010, retirando parte do estômago
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Em 2012, passou por duas cirurgias para tentar reverter um pouco a operação, para poder ingerir mais comida
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Os médicos então encontraram uma solução para o problema: comer o máximo possível. Como seu organismo absorve apenas uma pequena fração do que ela ingere, ela precisa comer muito para suprir suas necessidades básicas
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O problema de Julie não tem cura, e o único jeito de tentar voltar a um peso adequado é comer o máximo que puder. "Uma pessoa normal come 30 a 40 g de proteína por dia. Preciso de pelo menos 125 g para atingir o nível mínimo", afirma. "É um trabalho de tempo integral"