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Glitter, sprays e tintas: itens usados no Carnaval podem prejudicar a pele; veja como se proteger

Reações costumam incluir vermelhidão, irritação e coceira; muitas vezes, sintomas estão ligados à presença de substâncias tóxicas, como alumínio

2 fev 2024 - 14h36
(atualizado às 15h25)
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Menina com glitter no rosto
Menina com glitter no rosto
Foto: iStock

AGÊNCIA EINSTEIN - Com a proximidade do Carnaval, muitos foliões já estão investindo em fantasias, acessórios e produtos, como tintas, aerossóis, maquiagens, glitter para serem usados no corpo e no rosto. Especialistas alertam, no entanto, sobre a importância de testar e conhecer a procedência dos produtos para evitar vermelhidão, irritação cutânea e dermatite de contato.

Segundo os médicos, esses são alguns dos sintomas que podem surgir na utilização de produtos que contenham substâncias tóxicas, como o alumínio. A recomendação é selecionar produtos de boas marcas, checar se eles têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ler os rótulos para dar preferência aos que contêm menor quantidade de metais em sua composição.

Outra orientação é usar com moderação os produtos para não irritar a pele e não impedir a transpiração natural do corpo. O dermatologista e alergista Mario Cézar Pires, do Hospital do Servidor do Estado de São Paulo, explica que quando os poros ficam obstruídos, há um risco maior de causar abscessos (inchaços), foliculites (infecção em um ou mais dos bulbos em que o cabelo cresce), furúnculos e, em algumas pessoas, também alergias.

"O ideal é sempre usar esses produtos em pequenas quantidades, sem ficar longos períodos com tintas, maquiagens e similares na pele e no rosto e lavá-los o quanto antes, de preferência com sabonete neutro, para evitar problemas dermatológicos", adverte o médico.

Segundo o especialista, a composição dos perfumes também requer cuidado, uma vez que as essências cítricas podem causar ardência e queimaduras com a exposição excessiva da pele ao sol. A atenção deve ser redobrada entre os indivíduos alérgicos.

"Muitos produtos com essência cítrica podem conter parabenos, classe de produtos químicos amplamente utilizada na composição de cosméticos, além de outros conservantes que podem resultar em uma resposta alérgica e causar bolhas, coceira e descamação cutânea. A recomendação é verificar se o produto tem registro na Anvisa, seguir o rótulo com as orientações, prazo de validade e contraindicações, e ainda fazer um teste alérgico antes de utilizá-los, no caso de alérgicos", orienta o dermatologista.

Os dermatologistas são unânimes em dizer que o protetor solar é um item indispensável e que deve ser reaplicado durante a folia, principalmente, quando houver transpiração e muita exposição solar.

Cuidados com os brilhos

Outro produto que pode ser perigoso é o glitter. Os microplásticos, presentes em sua composição, podem entrar no globo ocular e arranhar e ferir a córnea. A dica é comprar glitter biodegradável, que pode ser hipoalergênico e livre de conservantes.

"Na verdade, qualquer produto pode causar irritações (não alergias) e dermatites alérgicas propriamente ditas. Por isso, é tão importante verificar se os itens possuem rótulo de aprovação da Anvisa antes mesmo da compra, como idade de uso, local do corpo a que se destina e data de validade", orienta a médica dermatologista Selma Hélène, do Hospital Israelita Albert Einstein e presidente do Departamento de Dermatologia da Sociedade de Pediatria São Paulo (SPSP).

Hélène ressalta que mesmo produtos com todas as especificações acima, podem individualmente causar irritações ou fenômenos alérgicos pelos componentes da fórmula. "Esses fenômenos são individuais, dependendo da sensibilidade da pele de cada pessoa, além do fato de terem sido aplicados na pele íntegra, ou seja, sem feridas, é de extrema importância", diz.

A dermatologista ainda pontua que a pele tem que estar hidratada e com filtro solar para receber qualquer produto. "Isso ajuda, apesar de não impedir quadros de irritação, ardência e vermelhidão. Caso esses sintomas apareçam, a recomendação é não se automedicar", diz a médica, que orienta a procurar um dermatologista ou alergista o mais rapidamente possível.

Estadão
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