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Gordura localizada, fatores genéticos e hormonais: Como tratar?

Áreas como braços, flancos, quadris e coxas tendem a apresentar gorduras mais resistentes e difíceis de serem queimadas

31 out 2023 - 06h15
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Foto: Reprodução

Ah, a gordura localizada. Se tem algo que é mais persistente que a sua dieta e seu foco na academia, com certeza é essa gordura teimosa que se acumula em determinadas regiões. Resistentes a dietas e exercícios físicos, elas geralmente se acumulam em diferentes locais, como braços, flancos, coxas, quadris e até nas costas, mostrando padrões genéticos e hormonais. 

“Apesar de oferecer menos risco a saúde do que a gordura visceral, que possui um comportamento metabólico e hormonal capaz de aumentar o perfil inflamatório do organismo, reduzir a sensibilidade à insulina e elevar a pressão arterial, a gordura localizada ou gordura subcutânea é mais difícil de ser queimada por ser uma gordura mais fria, apresentando células adiposas com menos mitocôndrias e, consequentemente, com menor energia e maior dificuldade para queimar os ácidos graxos. Além disso, a gordura localizada possui um fator genético, o que também faz com que sua eliminação seja mais difícil”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). 

“Elas são resistentes, pois o corpo utiliza essa gordura como fonte de energia apenas como última opção”, completa Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS.

Acúmulo é diferente em homens e mulheres

Em um primeiro ponto, já há uma diferença com relação ao gênero. “O acúmulo de gordura na mulher e no homem é bem diferente e existem vários fatores que justificam essa diferença. Elas acumulam mais gordura entre as pernas e na região de glúteos e quadril enquanto eles tendem a ter mais na região abdominal e flancos. O que justifica esse acúmulo é a diferença do estilo de vida que cada um vive, os hormônios e a genética, que é soberana”, diz Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) e pós-graduação em Terapia Intensiva na Faculdade Redentor/AMIB.

O desequilíbrio hormonal pode bagunçar um pouco as áreas de acúmulo de gordura. 

“Homens com menos testosterona apresentam mais gordura no peito, na região de tórax e na região de braço. Esse tipo de biotipo é de homens que produzem menos testosterona por conta da gordura. À medida que ele vai perdendo peso, essa testosterona vai se regularizando e vai diminuindo a gordura localizada na mama”, diz Deborah. 

“As pessoas que têm uma insulina alta (resistência à insulina) tendem a acumular gordura mais na região de ombros e de quadril. Já quem tem cortisol alto, uma vida muito estressante, muita correria e dorme mal, tende a acumular gordura no abdômen, com aumento de no risco de infarto e de AVC”, diz a endocrinologista. 

“As mulheres que têm um estrogênio alto tendem a ter mais gordura no quadril. Por isso que, na menopausa, quando a mulher diminui a produção de estrogênio, ela deixa de ter o acúmulo no quadril e passa a ter o acúmulo no corpo parecido com o do homem, que tende a acumular mais no abdômen por falta de estrogênio”, explica Deborah.

Alimentação e exercícios podem ajudar

É claro que, com o devido acompanhamento, a alimentação e exercícios podem até ajudar a reduzir a gordura localizada em certos locais. Alguns alimentos específicos, inclusive, podem contribuir para acelerar esse processo, como é o caso dos termogênicos, que incluem pimentas, gengibre, canela, café e chá verde. 

“Isso porque esses alimentos aumentam discretamente a termogênese, acelerando o metabolismo e melhorando o processo digestivo. Mas não pode haver a ilusão de que esses alimentos irão ‘derreter’ a gordura, pois isso não acontece. A perda de gordura localizada se dá pelo emagrecimento em déficit calórico, ou seja, comendo menos calorias do que se gasta”, explica Marcella.

Os exercícios e bons hábitos também ajudam também a melhorar o balanço hormonal, segundo Deborah. 

“Quem consome mais álcool, fuma e tem uma alimentação rica em gordura também tende a acumular mais gordura abdominal. Quanto mais exercício físico você faz, por exemplo o exercício físico resistido para acúmulo de massa muscular (musculação), que faz com que você queime mais caloria, mais gordura abdominal você perde. No exercício intenso, ocorre liberação do GH, hormônio do crescimento, que nos ajuda a queimar gordura. Ocorre liberação também de adrenalina que nos gera vigor e energia. Essas liberações hormonais são importantes para realizarmos o exercício com disposição e para que possamos aproveitar seus benefícios”, diz a médica. 

“Mas também precisamos melhorar o estilo de vida e a qualidade da alimentação, reduzir o consumo de álcool e gorduras, evitar tabagismo e alimentos processados e ultraprocessados, aumentar a atividade física e cuidar do nosso padrão de sono. Quanto pior a qualidade do sono, maior o risco de resistência à insulina. A insônia aumenta também adrenalina e cortisol, o que também faz o estresse crescer. Além disso, aumenta os hormônios que são responsáveis por estimular o centro da fome, gera compulsão alimentar que acarreta maior acúmulo de gordura e sobrepeso”, diz Deborah. 

“Reduzir o nosso nível de estresse também ajuda; tente meditações, melhorar a relação no trabalho e incluir atividades de lazer”, completa a endocrinologista.

Aplicação de substâncias redutoras

Também existem opções seguras de serem realizadas em clínicas médicas. Segundo Cláudia Merlo, a aplicação de substâncias redutoras de células de gordura é uma boa opção. 

“Gosto dos resultados em flancos. É uma região onde a densidade de gordura é grande, portanto pode ser necessário mais de uma sessão, dependendo do caso até três ou quatro”, acrescenta a médica. 

O tratamento consiste na aplicação subcutânea (na camada de gordura) de medicamentos que causam degradação na molécula de gordura. 

“Elas também causam um processo inflamatório. No momento da aplicação, o paciente não sente dor, não é necessário usar anestesia nem mesmo pomadas. Mas com a inflamação gerada, a dor vem no primeiro dia, juntamente com sintomas de calor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação”, ressalta Cláudia Merlo. “As regiões em que os pacientes relatam maior nível de dor é nos braços e nas costas. Mas depois de um dia fica com uma dor só ao apalpar o local tratado.”

Cláudia ainda indica a técnica de Hifem+ com a tecnologia do EmSculpt Neo, aparelho de body shaping não invasivo, que atua com benefícios de queima de gordura e hipertrofia do músculo através do tratamento. 

“A tecnologia Emsculpt Neo emite simultaneamente ao estímulo muscular da tecnologia HIFEM (campo eletromagnético focalizado de alta intensidade) a radiofrequência sincronizada, responsável por atuar na diminuição das células de gordura. O resultado dessa união de duas energias reflete na maior queima de gordura e maior crescimento muscular do que qualquer outro procedimento, tudo isso de maneira mais rápida e menos custosa. A tecnologia Hifem+ contrai as fibras musculares em intensidades que não são alcançáveis durante os exercícios físicos voluntários”, explicaCláudia Merlo. 

Estudos clínicos mostram, em média, uma redução de 30% de gordura subcutânea. Para melhorar o redesenho corporal, também é possível apostar na lipoaspiração. 

“Em suma, a lipoaspiração remove o excesso de gordura localizada, visando melhorar o contorno corporal. Este procedimento é realizado através de um instrumento chamado de cânula, que é ligada a um aparelho de sucção para que ocorra a aspiração da gordura. No entanto, a técnica pode ser feita de diversos modos”, sintetiza o cirurgião plástico Tácito Ferreira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em técnicas corporais avançadas pela Instituição Body Countouring Academy & Faculdade de Medicina de Santos. 

“E com a adição de recentes técnicas, podemos ressaltar os músculos corporais, deixando o porte mais atlético, e até hipertrofia-los”, acrescenta. Isso é possível com a técnica UGraft que, além de aspirar a gordura que visualmente impede a definição do tanquinho, ainda promove a hipertrofia do músculo por meio do enxerto de gordura que é rico em células-tronco. 

“A técnica UGraft complementa e aperfeiçoa a técnica de alta definição; até mesmo os pacientes que não têm uma musculatura muito desenvolvida, agora, conseguem um resultado estético mais natural”, explica o médico. “Procure sempre um médico para a melhor indicação”, finaliza o especialista.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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