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Governistas participam de ato contra a descriminalização das drogas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Cidadania, Osmar Terra, fizeram duras críticas às mobilizações que existem na sociedade, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da liberação das drogas

3 nov 2019 - 17h40
(atualizado às 17h46)
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BRASÍLIA - Em discurso na Esplanada dos Ministérios para um grupo de cerca de 300 pessoas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro da Cidadania, Osmar Terra, fizeram neste domingo, 3, duras críticas às mobilizações que existem na sociedade, no Congresso e no Supremo Tribunal Federal ( STF) a favor da liberação das drogas.

"Esse encontro aqui é para gente chamar a atenção do STF e dizer que nós somos contrários à legalização das drogas e que esta não é uma matéria que não deve ser pertinente à Suprema Corte, mas sim ao Congresso Nacional. Se alguém quiser mudar a lei, tem de passar pelo Congresso", disse Eduardo Bolsonaro.

O Supremo deveria retomar nesta semana um julgamento sobre a descriminalização da maconha para uso pessoal, mas o processo foi retirado da pauta pelo presidente do STF, o ministro Dias Toffoli.

O ministro da Cidadania criticou inclusive a direção da Fiocruz alegando que ela faz pesquisa com "viés ideológico" para dizer que não há epidemia de consumo de drogas no País.

"A Fiocruz tem papel importante na pesquisa de medicamentos, de vacinas. Mas, nesta questão das drogas, que envolve questão ideológica da direção da Fiocruz, que tem um viés profundamente ideológico, ela está completamente equivocada, errada e nós temos de denunciar", afirmou o ministro.

Questionado se o governo pensava em algum tipo de intervenção neste processo, o ministro disse que a Fiocruz é ligada ao Ministério da Saúde e que diretoria da instituição é eleita, "tem uma certa autonomia". "Mas temos de dizer que nós não concordamos com o que ela está dizendo porque não concordamos com o que o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, que defendeu sempre a liberação da droga".

O pesquisador Paulo Gadelha, no entanto, deixou a presidência da fundação em dezembro de 2016. Desde janeiro de 2017, a presidente da Fiocruz é Nísia Trindade. Procurada, a Fiocruz não se manifestou sobre as críticas.

Para Eduardo Bolsonaro e o ministro, cabe apenas ao Congresso legislar sobre a questão das drogas, e não ao Supremo Tribunal Federal. "Não estamos aqui para dizer que o Supremo está errado ou certo. Nós estamos aqui para dizer que esse problema é tão grave que são os representantes do povo, o Congresso Nacional é que tem decidir. O STF fica para discutir apenas alguma questão constitucional", afirmou o ministro.

"Tem lobbies estrangeiros defendendo a legalização das drogas. Tem juízes, por falta de informação, liberando o plantio, sem ter nenhuma base científica. Não é só um problema de espiritualidade, tem a ciência ao lado da gente e a ciência mostra o dano definitivo ao cérebro com o uso da droga", declarou o ministro.

Posição

O deputado, por sua vez, depois de citar que alguns parlamentares se sentem até "seduzidos" a liberar a proibição do uso de drogas, "pressionados pelos fortes lobbies", reiterou que o governo Jair Bolsonaro "é contra tudo", a qualquer liberação de drogas. Citou ainda áudios que teriam circulado com integrantes do crime organizado criticando o governo Bolsonaro por estar combatendo o tráfico de drogas. "O crime organizado não tem conosco o diálogo cabuloso como tinha no governo do PT, como vimos em áudios", acusou.

Para Eduardo, "as FARCs tentam implantar o comunismo e têm como fonte de financiamento a cocaína, fazem parte do foro de São Paulo, que é o grupo que faz parte do PT". E emendou: "eles pregam a demonização das igrejas, a destruição da família, o controle da internet e depois dizem que nós é que somos o perigo à democracia? Nós aqui não tocamos fogo em nenhum prédio, somos incapazes de quebrar uma janela, que estamos aqui , nesta manifestação, em família. Nós é que somos o perigo à democracia? Nós não podemos deixar eles ganharem essa narrativa".

O ministro e o deputado anunciaram ainda que o governo vai passar de 11 para 20 mil vagas nas comunidades terapêuticas para atendimento aos que precisam de tratamento.

Estadão
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