Governo de SP pede que pessoas não viajem na Páscoa
Governador João Doria pediu que população não vá para o litoral no feriado prolongado; praias estarão fechadas
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu que as pessoas não viajem nesta Páscoa, especialmente para o litoral do Estado. Doria afirmou que não haverá uma restrição de circulação para a população, mas reforçou que essa é uma recomendação importante dado o avanço do novo coronavírus no Estado.
"Estamos quase na semana santa, temos um feriado prolongado a partir de sexta, se é que podemos falar de feriado em um momento triste como esse. Faço um apelo para que as famílias não se dirijam ao litoral de São Paulo. Se possível, fiquem em casa. Fiquem em casa no período da Páscoa", disse Doria.
O governo de São Paulo não vai instalar bloqueios ou impor restrições de utilização das rodovias paulistas durante o período de quarentena. Apesar disso, o acesso às praias não está liberado.
De acordo com o governador, os prefeitos das cidades do litoral estão preocupados com um possível deslocamento de pessoas neste feriado, o que poderia acarretar uma sobrecarga no sistema de saúde dessas cidades. Segundo Doria, os prefeitos estão focados em atender casos locais e não teriam como comportar nas unidades de saúde o atendimento aos turistas. "Foi pedido pelos prefeitos do litoral para que as pessoas não se dirijam pra lá. O sistema de saúde não está preparado para um aumento de demanda no litoral e os prefeitos já estão preocupados com a população residente em suas cidades", disse o governador.
Doria reafirmou a importância do isolamento social no combate à doença e também destacou os números. São Paulo é o Estado mais afetado pela doença, concentrando 56% dos óbitos e 41% dos casos confirmados no País. De acordo com o último balanço da Secretaria Estadual da Saúde, são 5.682 casos confirmados e 371 mortes.
Por conta do feriado, cidades do litoral estão tomando medidas para evitar que turistas circulem pelas praias. Em Peruíbe, a prefeitura determinou a suspensão do funcionamento dos quiosques localizados na orla. E também reiterou em decreto a proibição do acesso de banhistas e demais frequentadores às praias.