Gravidez pode acelerar o envelhecimento da mulher em 2 a 3 meses
Conclusão foi obtida em pesquisa da Universidade de Columbia. Este não é o 1º estudo que revela ligação entre gestação e envelhecimento.
Ok, é meio óbvio que todo o cansaço e estresse acumulado durante uma gestação podem, sim, fazer com que a mulher envelheça mais rápido. Agora, porém, dois estudos servem de base para essa conclusão empírica.
O mais recente foi feito pela Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, de Nova York, e publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences. Segundo o estudo, que analisou a amostra de sangue de 825 mulheres jovens nas Filipinas, os pesquisadores descobriram que cada gravidez estava associada de dois a três meses adicionais de envelhecimento biológico.
"Nossas descobertas sugerem que a gravidez acelera o envelhecimento biológico e que esses efeitos são aparentes em mulheres jovens e de alta fertilidade. Os nossos resultados são também os primeiros a acompanhar as mesmas mulheres ao longo do tempo, ligando as mudanças no número de gravidez de cada mulher às mudanças na sua idade biológica", disse Calen Ryan, principal autor do estudo.
Todas as participantes da pesquisa haviam nascido no mesmo ano e os pesquisadores levaram em conta o status socioeconômico, o tabagismo, a variação genética e o ambiente das participantes.
Outra análise, esta publicada em março na revista científica Cell Metabolism, também tinha chegado a uma conclusão parecida. Analisando a amostra de sangue de 119 mulheres grávidas americanas, os pesquisadores descobriram que as mães envelhecem à medida que se aproximam do parto, fazendo com que o DNA das células parecesse ser dois anos mais velho do que no início da gravidez.
A boa notícia é que este envelhecimento pareceu ser revertido para a maioria das mulheres três meses após o parto. E olha que curioso: os padrões de DNA rejuvenesceram para um estado anterior à gestação. Algumas mães, as que amamentaram nos primeiros três meses pós-parto, ficaram biologicamente “mais jovens” do que antes em até oito anos “indicando uma reversão pronunciada do envelhecimento biológico”.