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Gripe e VSR são principais causas de internação por síndrome respiratória aguda grave, diz Fiocruz

Idosos e crianças menores de dois anos são públicos mais vulneráveis ao agravamento de infecções respiratórias

29 mai 2024 - 19h45
(atualizado em 21/6/2024 às 22h16)
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Bebês de até 2 anos são as principais vítimas da bronquiolite
Bebês de até 2 anos são as principais vítimas da bronquiolite
Foto: LSOphoto/iStock

Divulgado nesta quarta-feira, 29, o mais recente boletim InfoGripe, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça a necessidade de alerta com as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), especialmente as relacionadas ao vírus influenza A (causador da gripe) e ao vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais causadores da bronquiolite em bebês. Os idosos e as crianças seguem sendo a maioria entre os casos e registros de mortalidade.

De acordo com a instituição, o levantamento atual revela uma situação diversificada no País, com alguns Estados indicando uma reversão na tendência de aumento de casos, enquanto outros continuam a registrar um crescimento semanal. É válido ressaltar que, devido à situação vivida pelo Rio Grande do Sul, os dados mais recentes precisam ser interpretados com maior cautela por possíveis impactos na capacidade de atendimento e registros eletrônicos de novos casos de SRAG no Estado gaúcho.

O cenário de aumento de síndromes respiratórias no Brasil está relacionado, principalmente, ao VSR, à gripe e ao rinovírus, que são doenças que têm a SRAG como uma consequência em quadros graves. Para o VSR, em alguns estados do Nordeste, Centro-oeste e Sudeste se observa interrupção do crescimento ou queda. Em relação à influenza A, se observa desaceleração no Nordeste e em parte do Norte e Sul do País.

Entre as capitais, 11 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP), Natal (RN), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA).

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência de casos positivos para vírus respiratórios foi de influenza A (25,8%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (56%) e covid-19 (4,5%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os casos positivos foi de influenza A (47,6%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (17,6%) e covid-19 (26,6%).

Crianças e idosos são os mais vulneráveis

De maneira geral, o impacto das internações por SRAG continua a refletir um padrão comum: afeta principalmente os extremos das faixas etárias consideradas. Isso significa que tanto crianças menores de dois anos quanto pessoas com mais de 65 anos são os grupos mais vulneráveis, com crianças sendo a maior parte dos casos. Quando se trata da mortalidade, a taxa em crianças se aproxima daquela observada naqueles com idade superior a 65 anos.

Quanto aos casos de SRAG causados pelo coronavírus, a incidência é mais alta em crianças pequenas e idosos, enquanto a mortalidade é mais pronunciada na população com 65 anos ou mais.

Em relação aos outros vírus respiratórios em circulação, como VSR e rinovírus, o impacto nos casos de SRAG está concentrado nas crianças pequenas. No entanto, o vírus influenza está apresentando um aumento na incidência de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. A mortalidade relacionada à influenza A também é significativa entre os idosos. De maneira geral, o vírus da gripe é dominante entre os óbitos por síndrome respiratória aguda nas últimas semanas.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, faz apelo aos cuidados. "De maneira geral, continuamos tendo volumes importantes de internações por infecções respiratórias. Quando olhamos para o agregado nacional, temos uma situação de platô, então continuamos com as recomendações fundamentais e básicas, ou seja, vacinação contra a gripe, especialmente para quem é grupo de risco, e uso de boas máscaras para toda e qualquer pessoa que estiver com sintomas de resfriado, de gripe e qualquer um que for a uma unidade de saúde", disse Gomes.

Ele ainda ressaltou que, independentemente do motivo da ida ao posto de saúde, o uso de máscara é fundamental para evitar o contágio e a circulação de tais vírus. "São pequenos cuidados que cada um de nós pode tomar que vão acabar ajudando toda a população."

Estadão
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