Há 7 dias sem novos casos de ebola, Serra Leoa caminha para fim de epidemia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira que, pela primeira vez desde que começou o surto de ebola na África Ocidental, passou uma semana sem o registro de novos casos em Serra Leoa, um sinal de que o país avança rumo ao fim da epidemia.
A Libéria foi declarada livre do ebola em maio, mas um novo caso foi detectado semana passado, cujos contatos superaram os 21 dias de acompanhamento, que equivalem ao período de incubação do vírus.
Já na Guiné o vírus continua a circular, mas de forma limitada.
Quase um ano e meio após ser declarada a epidemia, que contaminou 28 mil pessoas e deixou 11.300 mortos, Serra Leoa está na terceira fase da operação de resposta, centrada em rastrear a última rede identificada de transmissão do ebola e qualquer uma que ainda possa surgir.
Isto significa encontrar cada pessoa que teve contato com alguém diagnosticado com o vírus, mantê-la sob vigilância durante 21 dias para detectar se apresenta sintomas e transferi-la imediatamente a um centro de tratamento, caso seja necessário.
A última rede de transmissão conhecida teve sua origem em um jovem que trabalhava em Freetown e viajou, sem saber que estava infectado, para sua cidade, situada em uma área onde não havia sido registrado um caso de ebola nos últimos 150 dias, assinalou a OMS.
Ali ele adoeceu e morreu em um hospital, onde era tratado como se fosse malária, que apresenta sintomas semelhantes aos do ebola, razão pela qual, como indicam as instruções da OMS, foi novamente testado.
A cidade inteira foi posta em quarentena e foi organizado um mecanismo para o fornecimento de alimentos e água.
A medida foi suspensa na sexta-feira, quando cerca de 600 moradores, incluída a equipe de saúde, puderam retomar sua vida normal.
A OMS informou que 43 pessoas continuam em quarentena até o final desta semana nessa cidade, e 38 estão em Freetown e concluirão seu período de observação no próximo dia 29.