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Harmonização facial de Stenio Garcia: há limite de idade e de quantidade de material aplicado?

Ator realizou o procedimento estético aos 91 anos e o resultado chamou a atenção pela proporção; saiba o que diz a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

14 jun 2023 - 12h58
(atualizado em 16/6/2023 às 08h51)
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O ator Stenio Garcia, de 91 anos, surgiu com um novo visual nesta terça-feira, 13, no programa Fofocalizando, do SBT, após realizar uma harmonização facial. O assunto ganhou repercussão nas redes sociais principalmente por conta da idade de Stênio e da quantidade de material que parece ter sido aplicado em seu rosto para atingir o resultado. Mas, afinal, existe limite de idade e de aplicação para esse tipo de procedimento?

Stenio Garcia antes e depois da harmonização facial
Stenio Garcia antes e depois da harmonização facial
Foto: ESQ: Reprodução/Instagram: @oficialsteniogarcia / DIR: Reprodução/SBT / Estadão

Segundo Volney Pitombo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), contanto que a pessoa tenha boa condição de saúde, não há limite de idade para realizar preenchimentos no rosto. No entanto, o médico recomenda que o procedimento seja feito com parcimônia e por um cirurgião plástico, que é o profissional mais capacitado tanto do ponto de vista médico, quanto em relação à noção estética de valorização dos contornos faciais.

"Hoje, há um exagero na erradicação das rugas e na busca por um padrão. Mas a beleza não está na ausência das rugas e sim no equilíbrio delas. Cada idade tem a sua beleza e um bom cirurgião retira algumas rugas e deixa outras, focando no equilíbrio", diz. Dentistas e dermatologistas também oferecem esse tipo de procedimento. A maioria dos casos que geram complicações envolvem profissionais que não são médicos.

Caroline Aguiar, médica dermatologista da Caroline Aguiar Institute, ressalta ainda que, quando acompanhado por um médico dermatologista, o paciente tende a ser tratado globalmente, fazendo não só o preenchimento, como também tratamentos para a saúde da pele. Isso ajuda a diminuir a frequência com que ele se submete a esse tipo de procedimento e, consequentemente, os riscos.

São riscos de uma aplicação mal feita de botox ou ácido hialurônico:

  • Reação alérgica ao material;
  • Infecção e inflamação dos tecidos, podendo levar a necrose;
  • Rompimento e comprometimento de vasos sanguíneos.

Gestantes e pessoas com feridas no local de aplicação, doenças autoimunes, distúrbios psicológicos como dismorfia corporal e/ou que tomam anticoagulantes não devem realizar esse tipo de procedimento, diz Caroline.

Tem limite de aplicação?

Não há uma regra definida sobre a quantidade máxima de material, geralmente ácido hialurônico e/ou botox, que é utilizado em procedimentos de harmonização facial, contanto que o profissional siga as recomendações do fabricante.

"Cada paciente demanda uma quantidade e em determinados locais, mais uma vez, o que vale é ter um bom profissional que saiba fazer uma boa análise", afirma Pitombo. "O problema de uma aplicação em excesso é que, além de ficar muito superficial, o risco de complicações também é maior", diz Caroline.

Pitombo recomenda que os pacientes busquem informações sobre o tipo de material que será utilizado e fuja daqueles que são permanentes, pois conferem mais riscos de complicações, além de não poderem ser revertidos caso o resultado não seja satisfatório.

São materiais utilizados em preenchimentos:

  • Botox: funciona como um paralisante muscular, ideal para corrigir e evitar rugas. Com o tempo é absorvido pelo corpo;
  • Ácido hialurônico: utilizado para preencher partes do rosto, como lábios, mandíbula e bochecha, gerando volume. Também é absorvido pelo corpo depois de um período;
  • PMMA: utilizados para fazer preenchimento, gerar volume, porém são irreversíveis e conferem maior risco de inflamação. Não devem ser utilizados, segundo recomendação da SBCP.

*Nota de edição: Inicialmente, escrevemos que a hidroxiapatita se enquadra no mesmo tipo de material do PMMA. A informação foi corrigida pela SBCP após a publicação: não são materiais similares.

Estadão
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