Herpes-zóster: entenda condição que fez Fernanda Keulla ser internada às pressas
Ex-BBB e apresentadora na RedeTV! está internada desde quinta-feira passada, 21. Em post, ela fez alerta aos fãs sobre a doença
A apresentadora Fernanda Keulla está internada em um hospital particular em São Paulo desde a última quinta-feira, 21, após uma crise de herpes-zóster. Em uma publicação no Instagram, nesta segunda, 26, Keulla tranquilizou os fãs, mas disse que teve fortes dores, que classificou como "insuportáveis", e diversas bolhas por todo o corpo.
A ex-BBB contou que estava passando por um momento de ansiedade e estresse, o que teria causado a baixa na imunidade que reativou o vírus em seu organismo. "Já são cinco dias internada e após receber alta continuarei o tratamento em casa", completou.
O que é herpes-zóster?
Herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zóster.
"No primeiro contato com o vírus, a gente sempre vai desenvolver a catapora, mas depois ele fica armazenado em nosso organismo, adormecido", explica a dermatologista Natacha Purchio Monteiro, da Sociedade Brasileira Dermatologia.
Quando há queda da imunidade do paciente, o vírus pode ser reativado, causando desta vez a herpes-zóster. Antes de desenvolver as lesões na pele, é comum que sejam sentidas fortes dores no local afetado.
"Então, depois, é comum aparecer microbolhinhas de água com vermelhidão embaixo", diz a dermatologista.
A neurologista Viviane Moroni, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e da Clínica Tosello, acrescenta que a crise de herpes-zóster costuma acometer o tronco dos pacientes, mas também pode afetar o rosto.
"Por quase todo mundo ter tido catapora, não tem como prever quem será acometido, não existe um grupo de risco. O principal sintoma da doença são as dores, que podem ser muito fortes por conta das lesões", ressalta a neurologista.
Quando a herpes-zóster acomete o ouvido, causa a Síndrome de Ramsay Hunt, que fez Justin Bieber cancelar shows de sua turnê após ter paralisia facial.
Por causa das lesões, a doença pode causar uma condição chamada de neuralgia pós-herpética, quando as dores persistem mesmo após o tratamento da doença. O paciente fica com uma sensação constante de queimação no corpo.
Para evitar a complicação, o tratamento rápido é de extrema importância. O paciente é tratado com antivirais, anti-inflamatórios e vitaminas, se necessário.
A dermatologista Natacha Purchio Monteiro diz ainda que a doença pode ressurgir outras vezes.
"Não é comum, mas pode. A partir do momento em que houve o contato com o vírus e ele está no seu organismo, toda vez que sua resistência cair, você pode desenvolver a doença novamente", explica.
Vacina contra herpes-zóster
Uma nova vacina contra o herpes-zóster foi lançada no Brasil em junho, e desde então está disponível em clínicas particulares do País. O imunizante deve ser administrado em duas doses, com intervalo de dois meses entre as aplicações.
"Um assunto importantíssimo que merece destaque, considerando o sofrimento e limitações que ele pode trazer ao paciente", destaca o dermatologista Gabriel Peres.
Segundo o profissional, o imunizante é indicado para pessoas com mais de 50 anos e pacientes imunossuprimidos a partir dos 18 anos.
"Pessoas que nunca tiveram catapora e nem se vacinaram devem evitar o contato com pacientes em vigência do herpes-zóster, bem como pacientes imunossuprimidos ou grávidas", destaca.
*Com edição de Estela Marques.
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