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Hospitais de SP registram alta de casos de bronquiolite

Vírus sincicial é mais perigoso para crianças de até 2 anos; em pelo menos 2 casos, foi necessário ampliar vagas em UTI infantil

5 nov 2022 - 05h10
(atualizado às 14h52)
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Uma onda fora de época de bronquiolite causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) tem lotado alas pediátricas de hospitais públicos e privados da capital e preocupado equipes de saúde, que temem a ocorrência de surtos simultâneos de covid-19 e bronquiolite em crianças.

Ao menos dois hospitais da cidade tiveram de ampliar os leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) infantil. O vírus é mais perigoso para crianças de até 2 anos, especialmente aquelas com menos de 6 meses e prematuras.

Tradicionalmente, o aumento da circulação do VSR e das internações por bronquiolite acontecem a partir de março e permanecem até julho. Neste ano, houve uma onda de bronquiolite no período esperado, mas um segundo período de aumento de casos teve início em outubro.

Casos de bronquiolite aumentaram fora de época este ano
Casos de bronquiolite aumentaram fora de época este ano
Foto: Divulgação / Envato

No Hospital Israelita Albert Einstein, o número de testes positivos para bronquiolite por VSR passou de 53 na segunda semana de outubro para 131 na última semana do mesmo mês.

"Quando começou essa curva de ascensão, no começo de outubro, tínhamos, em média, quatro pacientes internados ao mesmo tempo com bronquiolite. Agora, estamos chegando a 14. Por isso, tivemos de ampliar os leitos de terapia intensiva pediátrica", afirma Linus Pauling Fascina, gerente médico do Departamento de Maternidade e Pediatria do Einstein. A UTI pediátrica do hospital costuma operar com capacidade para 18 pacientes, mas, diante da onda fora de época, abriu mais dez leitos.

 
Estadão
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