HPV, dengue, gripe, covid e poliomielite: todas as vacinas já disponíveis no SUS e quem pode tomar
A imunização é destinada a faixas etárias e grupos específicos para maximizar a eficácia da vacinação
O SUS disponibiliza diversas vacinas gratuitamente para combater infecções como HPV, dengue, gripe, Covid-19 e poliomielite. Estas vacinas são direcionadas para faixas etárias específicas para maximizar a eficácia da imunização.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente vacinas para proteger a população contra diversas doenças infecciosas. Entre essas vacinas, destacam-se as que combatem o HPV, a dengue, a gripe, a covid 19 e a poliomielite. Cada uma delas é destinada a faixas etárias específicas, visando maximizar a eficácia da imunização e reduzir a incidência dessas doenças.
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano)
Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é dirigida para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18.
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde adotou uma nova estratégia de vacinação contra o HPV e o esquema passou a ser em dose única. A imunização é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
- Vítimas de abuso sexual de 9 a 14 anos ( homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto administrar conforme a indicação da situação vacinal uma ou duas doses;
- Vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos ( homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto administrar conforme a indicação da situação vacinal, completando três doses da vacina HPV (0,2,6 meses);
- Crianças de 9 a 14 anos, com esquema de 2 doses. Adolescentes que receberem a primeira dose dessa vacina nessas idades, poderão tomar a segunda dose mesmo se ultrapassado os seis meses do intervalo preconizado, para não perder a chance de completar o seu esquema;
- Mulheres e Homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos, com esquema de três doses (0,2,6 meses), independentemente da idade;
- Pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR).
Dengue
Com o avanço da validade de alguns lotes, o Ministério da Saúde liberou e indicou que a vacinação contra a dengue fosse estendida ao público de 4 a 59 anos, apenas em caráter excepcional para otimizar a aplicação do imunizante.
Homens e mulheres, que já tiveram ou não dengue, devem se vacinar para evitar novas infecções ou, em caso de contágio, sintomas mais leves. A recomendação para quem teve dengue recentemente é aguardar seis meses para tomar a vacina.
O esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre cada uma. Quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.
As contraindicações da Qdenga são as mesmas para as vacinas feitas a partir de vírus vivo, ou seja, não deve ser tomada por gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência.
Gripe
No início deste mês de maio, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da campanha para todas as faixas etárias e informou que todas as pessoas com mais de 6 meses de idade já podem se vacinar contra a gripe.
Mesmo com a ampliação para todas as pessoas acima de 6 meses, o Ministério da Saúde ressaltou a importância de proteger os grupos mais vulneráveis a complicações da gripe, como gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de cinco anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais.
Podem se vacinar:
- Todas as pessoas acima de 6 meses;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente.
Covid-19
A partir deste ano, o Ministério da Saúde definiu que a vacina Spikevax, da Moderna, agora usada como reforço contra a Covid-19, será administrada na população com mais de 5 anos de idade pertencente aos grupos prioritários estabelecidos, além da inclusão da dose ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a 5 anos de idade.
Com a inclusão da vacina da Moderna ao Programa Nacional de Imunização (PNI), há a orientação das doses de reforço acontecerem anualmente ou semestralmente.
Os grupos prioritários são:
- Pessoas de 60 anos ou mais;
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores;
- Pessoas imunocomprometidas;
- Indígenas;
- Ribeirinhos;
- Quilombolas;
- Gestantes e puérperas;
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas privadas de liberdade (maior ou igual a 18 anos);
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
- Pessoas em situação de rua.
Idosos a partir de 60 anos, imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes e puérperas devem receber duas doses de reforço ao longo do ano, com um intervalo mínimo de seis meses entre elas. Os demais grupos prioritários devem receber uma dose de reforço anualmente.
As pessoas saudáveis de todas as idades, que não se encaixam nos grupos de risco, não devem tomar uma nova dose do imunizante. A exceção é para aquelas que ainda estão com o calendário vacinal atrasado e precisam completar o esquema.
Poliomielite (paralisia infantil)
A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.
Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço VOP (gotinha), o primeiro reforço aos 15 meses e o segundo aos 4 anos de idade.
Nesta segunda-feira (27), o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que vai acontecer até o dia 14 de junho. A meta é vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos.