Infectologista alerta para a importância da vacina da gripe
Médica infectologista alerta para a importância de se vacinar todos os anos e esclarece as "contaminações" causadas pelo imunizante
No início do mês, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacina contra a gripe para todas as idades. Com isso, todas as pessoas com mais de 6 meses podem se vacinar. Esta é a principal forma de evitar a contaminação pelo vírus da gripe, que tem maior circulação durante os meses de outono e inverno.
"A vacinação é essencial para proteger a saúde da população e evitar a propagação, especialmente durante as estações mais frias, quando a incidência da gripe tende a aumentar", destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
De acordo com Raquel Muarrek, médica infectologista da Rede D'or, o ideal é tomar a vacina da gripe todos os anos. Isso porque ela dá uma resposta imune frente os quadros virais e infecções bacterianas secundárias, reduzindo as complicações dessas doenças.
A vacina causa gripe? Veja quando se vacinar
Raquel destaca que o imunizante não causa gripe em quem se vacina. Isso porque, quando nos vacinamos, seja qual for a vacina, leva de duas a três semanas para o sistema imune responder com a defesa necessária.
"Isso quer dizer que se você tomar a vacina hoje e amanhã estiver gripado, ela nem começou a surtir efeito. Então, isso que se fala não procede", afirma.
O problema, conforme a médica, é que quando a campanha de vacinação se inicia, o vírus da gripe já está circulando. Assim, nos contaminamos antes mesmo da vacina fazer efeito no organismo. Portanto, o ideal seria se vacinar entre os meses de janeiro e fevereiro, para chegar nas estações de maior risco já imunizados.
Raquel salienta ainda que há vacinas da gripe para todas as idades. "Nós temos a vacina que é dada desde criança de baixo peso até os idosos. Hoje nós temos a vacina pra cima de 60 anos, a Influelda, que tem um poder melhor de atuação e de resposta imune do vírus, para as pessoas acima dessa idade. Então existe a trivalente, a quadrivalente e também a Influelda", finaliza a médica.