Influencer investiga pelo encravado e descobre mama acessória: 'Se apertar, sai leite'
Tatá Estaniecki descobriu a raiz do incômodo em consulta médica; entenda como a terceira mama se forma
Tatá Estaniecki foi surpreendida nessa terça-feira (23) ao descobrir a causa de um incômodo na axila. A influenciadora digital e apresentadora do “PodDelas” pensava ter apenas um pelo encravado na região, como contou aos seguidores do Instagram.
Por isso, ela aproveitou a consulta com a obstetra - Tatá deu à luz seu segundo filho, Caio, no último domingo (21) - para averiguar o problema. "Por um acaso, hoje a dermatologista está aqui? Porque eu acho que tô com um pelinho encravado na axila e está me incomodando", questionou à médica, que pediu para verificar a região e desvendou o problema.
"Não, menina, isso é uma mama acessória", resumiu para incredulidade da influenciadora.
"Simplesmente muitas pessoas confundem com gordura na axila, mas pode ser uma mama acessória. Pelo que ela me falou, é muito comum", pontuou Tatá. "O que acontece é: quando você tem o tecido mamário fora da região do peito e acaba vindo aqui pra axila, aí, amor, se eu apertar essa bolinha, sai leite".
O que são mamas acessórias?
Como a influenciadora esclareceu, essa mama acessória é um tecido fora do lugar, também chamado de "terceira mama". Para identificá-la e, se necessário, tratá-la, a pessoa deve procurar um mastologista.
Procurado pelo Terra, o mastologista Wesley Andrade ressalta que a condição não é exclusiva da axila. Essa mama, formada no desenvolvimento mamário, pode aparecer ao longo da via láctea, ou seja, também nas regiões do tórax, abdominal, inguinal ou próximo da coxa.
Mamas acessórias causam dor?
Como ocorreu com Tatá, as mamas podem gerar dor ou incômodo para a mulher gestante ou em fase de amamentação. É possível também ter esses sintomas no período pré-menstrual.
Mamas acessórias aumentam o risco de câncer de mama?
Não exatamente. O mastologista explica que esse risco adicional às mamas naturais é muito baixo justamente pela existência desse tecido mamário externo, mas é possível que um tumor se desenvolva nele. "Por exemplo, uma paciente que tratamos recentemente tinha mama acessória na região pélvica, inguinal, então ela acabou por desenvolver um câncer nessa região. Câncer de mama na região baixa do abdômen", relata o especialista, membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cirurgião oncológico e doutor em Oncologia.
Quando e como retirar as mamas acessórias?
De acordo com o médico, isso pode ser feito tanto por razões estéticas - há mulheres que se incomodam com o excesso na axila, por exemplo - ou por conta do incômodo ou dor provocado em fases como a amamentação.
Nesses casos, o caminho é a cirurgia, geralmente feita com anestesia local, para remover o tecido mamário. A recuperação costuma ser rápida - "em 15 dias a paciente está ótima pra retomar suas atividades habituais", garante o mastologista.