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Injeções que dissolvem gordura localizada são realmente seguras?

Alerta do FDA diz que tratamento pode ser perigoso

1 out 2024 - 06h53
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Resumo
A agência americana FDA alertou contra injeções para dissolver gordura, devido a reações adversas. Alternativas mais seguras incluem radiofrequência microagulhada e criolipólise.
Injeções que dissolvem gordura localizada são realmente seguras?:

A agência americana FDA (Food And Drug Administration), responsável pela saúde pública nos EUA, fez, recentemente, um alerta contra injeções para dissolver gordura localizada depois que os usuários relataram nódulos dolorosos, cicatrizes permanentes e infecções graves. Apesar de não ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pela agência americana, o procedimento é tradicional no Brasil, realizado em diversas clínicas de estética e conhecido por diversos nomes, como “emptiers”, “esvaziadores de gordura”, “enzimas redutoras de gordura”, “lipoaspiração injetável”, entre outros.

 “A lipólise por injeção (lipo= gordura, lise = degradação) é um procedimento não cirúrgico que envolve a administração de uma série de injeções sob a pele para quebrar as células de gordura nas áreas ao redor dos locais de injeção. A FDA, que não aprova esse tratamento, recebeu relatos de consumidores que usaram injeções para dissolver gordura e sofreram reações adversas, com diversos efeitos colaterais ruins”, explica a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Os usuários relataram tais reações adversas após receberem as injeções em clínicas ou spas médicos – ou após comprarem os produtos online e injetarem na própria pele. As injeções comercializadas e vendidas online sob marcas como Aqualyx, Lipodissolve, Lipo Lab e Kabelline, entre outras. Os vendedores afirmam que os produtos reduzem os depósitos de gordura em várias áreas do corpo, incluindo queixo, costas, coxas, flancos, braços e barriga. 

“Os ingredientes comuns nessas injeções incluem fosfatidilcolina (PPC) e desoxicolato de sódio (DC). Esses ingredientes têm sido usados sozinhos ou em conjunto. Esses ingredientes representam um risco significativo à segurança e a fosfatidilcolina também não é aprovada pela ANVISA”, comenta a médica.

Em seu alerta, o FDA incluiu imagens de “múltiplos nódulos infecciosos” nos braços de uma mulher após receber o tratamento no local. Após 2 meses de tratamento com antibióticos, os nódulos permaneceram pronunciados. 

“As reações adversas ainda incluem cicatrizes permanentes, infecções graves, deformidades da pele, cistos e nódulos profundos e dolorosos, além de efeitos a curto prazo como hematomas, hipersensibilidade local e náusea”, diz a dermatologista.

O único medicamento injetável para dissolução de gordura aprovado pela agência é o chamado Kybella, nome comercial do ácido desoxicólico, para reduzir a quantidade de gordura sob o queixo, ou “queixo duplo”, em adultos. 

“A aprovação da FDA significa que a agência avaliou o medicamento quanto à qualidade, segurança e eficácia. A FDA avaliou este medicamento apenas para uso sob o queixo; não está aprovado para uso em nenhuma outra área do corpo. Também é importante destacar que ainda não temos Kybella no Brasil”, alerta a médica. 

Embora algumas clínicas ofereçam esse tratamento por aqui, não se trata do produto original e, sim, de um manipulado.

Hoje, segundo a dermatologista, existem opções mais seguras para o tratamento.

“Mas tudo dependerá da área a ser tratada e do volume de gordura encontrado na região”, diz a médica. 

Para áreas menores, como uma gordurinha do sutiã, por exemplo, a dermatologista explica que a radiofrequência microagulhada do Morpheus 8 é indicada. “O equipamento traz microagulhas que ultrapassam a primeira camada da pele e liberam energia térmica de radiofrequência na camada de gordura, o que ajuda a consumi-la. Esse calor produzido é responsável por eliminar as células de gordura”, explica a médica.

No entanto, para áreas maiores, a dermatologista explica que a técnica padrão-ouro é a criolipólise (CoolSculpting), desenvolvida em Harvard. Ela pode ser responsável por uma redução de até 25% de gordura localizada da região tratada. “Esse procedimento age pelo congelamento seletivo das células de gordura que, sensíveis às temperaturas frias, entram em processo de apoptose (morte programada). Assim, são eliminadas posteriormente pelo sistema linfático”, explica a médica. 

A tecnologia é versátil e é indicada para tratamento de gordura localizada no culote, abdômen (“pochete”), flancos (“pneus” na cintura), papada e braços. “Há ponteiras para regiões específicas que respeitam a anatomia da região e, também, para volumes específicos. Conseguimos tratar pequenos volumes de gordura também com esse procedimento”, diz a médica.

A Ponteira Cool Smooth, por exemplo, é indicada para o tratamento do culote, a gordura localizada que se instala na área lateral das coxas. 

“Esse aplicador da criolipólise é desenhado para a região dos culotes, e se encaixa anatomicamente na área para reduzir a gordura localizada. O tratamento resfria uniformemente, mesmo nessa região cheia de curvas. Além do design específico, o tratamento é diferenciado das outras áreas do corpo: ele funciona por contato, e não por sucção, sendo mais confortável. A duração de cada aplicação é de 45 minutos para cada lado”, conclui Paola Pomerantzeff.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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