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Japão tem terceiro dia de evacuação de cruzeiro; mortes por coronavírus chegam a 2.236

Os 450 passageiros desembarcados encerram a primeira etapa do desembarque; ficam no navio apenas a tripulação e quem dividia cabines com doentes

21 fev 2020 - 04h49
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Cerca de 450 passageiros deixarão nesta sexta-feira, 21, o navio Diamond Princess, em quarentena no porto de Yokohama, no Japão, depois de testarem negativo para o novo coronavírus. Com esse grupo, o governo japonês encerrará a primeira fase do desembarque de passageiros do navio, cuja quarentena de duas semanas terminou na quarta-feira, 19. Em torno de mil passageiros que tiveram exames negativos nos testes puderam descer e voltar para suas casas sem restrições.

O cruzeiro foi colocado em quarentena com pouco mais de 3.700 pessoas a bordo (entre passageiros e tripulação) em 3 de fevereiro, depois que um passageiro desembarcado foi infectado com o coronavírus COVID-19. Desde então, foram confirmadas 634 pessoas infectadas, que foram gradualmente hospitalizadas em vários centros médicos. Segundo o Ministério da Saúde, um total de 717 pessoass desembarcaram do navio entre quarta e quinta-feira.

A bordo continuará a tripulação restante (alguns não-japoneses foram evacuados), que serão testados e deixarão o cruzeiro progressivamente, além dos passageiros que compartilharam a cabine com os infectados e terão que passar por uma nova quarentena de 14 dias, contados a partir do momento que o companheiro doente saiu do quarto.

Até o momento, o surto de COVID-19 na Diamond Princess matou duas pessoas, uma de 87 e outra de 84 anos, de nacionalidade japonesa e com problemas de saúde pré-existentes, que morreram após contrair o vírus.

Na China continental, a epidemia matou outras 118 pessoas, especialmente na província de Hubei, elevando o número total para 2.236, segundo autoridades de saúde. A Comissão Nacional de Saúde também relatou 889 novos casos de contágio confirmados dentro de 24 horas na China continental, que exclui Hong Kong e Macau.

Mais de 75.000 pessoas foram infectadas pelo COVID-19 na China continental e mais centenas mais em 25 países. A maioria das mortes na China foi registrada em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China, onde a epidemia começou em dezembro, segundo o diário da Comissão de Saúde de Hubei.

Estadão
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