Joelhos saudáveis: como evitar a condropatia patelar
Especialista alerta sobre a importância de cuidar das articulações para conquistar uma vida saudável e sem dor A condropatia patelar é uma condição muito comum, mas frequentemente não diagnosticada corretamente. Ela afeta a cartilagem da patela, causando dor e desconforto, especialmente ao subir escadas ou praticar atividades físicas. Estima-se que cerca de 15% da população […]
Especialista alerta sobre a importância de cuidar das articulações para conquistar uma vida saudável e sem dor
A condropatia patelar é uma condição muito comum, mas frequentemente não diagnosticada corretamente. Ela afeta a cartilagem da patela, causando dor e desconforto, especialmente ao subir escadas ou praticar atividades físicas. Estima-se que cerca de 15% da população mundial sofra dessa condição, sendo mais prevalente entre jovens com menos de 30 anos, e principalmente, em mulheres. "Muitas pessoas têm condropatia patelar e não sabem identificar os sintomas. A dor no joelho ao realizar movimentos simples do dia a dia pode ser um indicativo da doença", afirma o ortopedista Dr. Sérgio Costa, especialista em cirurgia do joelho.
As causas da condropatia nos joelhos
Entre as principais causas da condropatia patelar estão o alinhamento inadequado do joelho, o uso excessivo da articulação, conhecido como "over use", e traumas diretos sobre a articulação, como quedas ou lesões. Atletas que praticam esportes de alto impacto, como futebol e handball, estão particularmente em risco, devido ao esforço constante sobre o joelho. A genética também tem um papel importante, pois a qualidade da cartilagem pode ser influenciada pela herança genética. "O alinhamento incorreto do joelho pode gerar desgaste irregular da cartilagem, aumentando o risco de condropatia patelar, especialmente em pessoas com predisposição genética", explica Dr. Sérgio.
É fundamental compreender que as articulações, especialmente o joelho, precisam durar toda a vida. "É possível chegar aos 70, 80 ou até 90 anos com joelhos saudáveis, mas isso exige cuidados contínuos ao longo da vida. A cartilagem do joelho é permanente, ou seja, o tecido que você tem desde o nascimento será o mesmo até o final da sua vida, por isso é fundamental preservá-lo", ressalta Dr. Sérgio Costa. A cartilagem do joelho não se regenera, o que significa que qualquer desgaste ou lesão se torna irreversível, precisando de tratamento para melhorar as dores causadas pela condropatia.
Como manter os joelhos saudáveis?
A boa notícia é que é possível prevenir a condropatia patelar e manter a saúde articular. O fortalecimento muscular ao redor do joelho é uma das principais formas de prevenção. Exercícios que fortalecem o quadríceps e os músculos da coxa ajudam a proteger o joelho e distribuem de forma equilibrada a carga sobre a articulação. Além disso, atividades físicas de baixo impacto, como natação e ciclismo, são altamente recomendadas, pois não sobrecarregam as articulações. "O fortalecimento do quadríceps e o controle do peso corporal são fundamentais para preservar a saúde das articulações", recomenda o especialista.
Quando o desgaste da cartilagem já está instalado, tratamentos como a infiltração com ácido hialurônico têm se mostrado eficazes, especialmente nos estágios iniciais. "A infiltração com ácido hialurônico é uma terapia amplamente utilizada no tratamento da condropatia patelar. Ela ajuda a melhorar a lubrificação da articulação, aliviando a dor e melhorando a função do joelho", explica Dr. Sérgio. Esse tratamento é uma alternativa eficaz para pacientes que desejam evitar intervenções cirúrgicas, especialmente quando ainda não há danos irreversíveis à cartilagem.
Em casos mais avançados, nas quais a cartilagem já sofreu um desgaste significativo, o tratamento pode incluir fisioterapia, medicamentos e até cirurgia. No entanto, o diagnóstico precoce e a adoção de medidas preventivas, como o fortalecimento muscular e a redução de atividades de alto impacto, são essenciais para evitar a progressão da condropatia patelar. "Com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, permitindo que eles sigam com suas atividades cotidianas sem dor", conclui o ortopedista.