Kate Middleton está fazendo 'quimioterapia preventiva'; entenda o que é
Tratamento impede que o câncer volte depois que o tumor é tirado do corpo; 'Isso significa que Kate não tem um tumor ativo', explica médica.
-qhibnn3xprom.png "Kate Middleton revela que está com câncer")
Kate Middleton afirmou nesta sexta-feira (22) que está fazendo quimioterapia preventiva para tratar um câncer. Aos 42 anos, a Princesa de Gales não revelou, porém, qual tipo de câncer foi diagnosticado e o Palácio de Kensington não pretende divulgar esta informação.
Em uma mensagem publicada nas redes sociais do príncipe e da princesa de Gales, Middleton conta que em janeiro passou por "uma grande cirurgia abdominal em Londres" para retirar um tumor abdominal e que na época acreditava que sua condição não era cancerosa.
A message from Catherine, The Princess of Wales pic.twitter.com/5LQT1qGarK
— The Prince and Princess of Wales (@KensingtonRoyal) March 22, 2024
Apesar de a cirurgia ter sido bem-sucedida, segundo Middleton, os testes após a operação revelaram a presença de câncer. "Minha equipe médica, portanto, aconselhou que eu deveria fazer uma quimioterapia preventiva e agora estou nos estágios iniciais desse tratamento", afirma a esposa do Príncipe William.
O que é quimioterapia preventiva?
A quimioterapia preventiva, também chamada de quimioterapia adjuvante, é um tratamento que consiste em impedir o retorno de células cancerígenas ao organismo após a retirada do tumor principal. O objetivo do mesmo é eliminar as células cancerígenas que podem se tornar malignas.
Vale lembrar que o câncer é uma doença que pode se espalhar por outras partes do corpo, no processo de metástase quando células cancerígenas se desprendem do tumor principal e se alojam em outro lugar. Por esse motivo que os médicos frequentemente submetem os pacientes a quimio preventiva, para eliminar vestígios da doença.
"Isso significa que foi retirado tudo o que o cirurgião, a tomografia e a ressonância apontaram. Tudo o que era visível a olho nu. Mas às vezes ficam lesões microscópicas, pequenas células rodando um corpo e daí temos a quimioterapia preventiva", explica ao Terra Nicole Rossi, médica oncologista do grupo Oncoclínicas e do Hospital das Clínicas da UFMG.
A oncologista ressalta também que, como a Princesa já passou pela cirurgia, portante não existe mais um tumor ativo. "Kate não tem um tumor ativo. Se ela fizer uma tomografia, ressonância ou cirurgia não será encontrado nenhum tipo de câncer porque ele foi completamente retirado, mas na maioria das vezes sobram algumas células microscópicas do câncer que rodam todo o corpo". Por isso, ela precisa passar agora pelo o que chamou de "quimioterapia preventiva", que na prática clínica é chamada de quimioterapia adjuvante, segundo a médica.
"Caso não seja não seja feita a quimioterapia, a chance dessas células microscópicas se instalarem em alguns órgãos e o tumor voltar é muito grande. A quimioterapia é justamente para prevenir que o tumor volte", diz Rossi.
Um câncer na região abdominal pode afetar diversos órgãos, apesar do tipo específico de câncer de Kate não ter sido divulgado. "Nós temos vários órgãos na região, como o pâncreas, fígado, estômago, intestino e na pelve. No caso das mulheres, o útero, ovários, peritônio. Todos eles podem dar câncer", finaliza a oncologista.
A médica Isabella Drumond, oncologista dedicada ao tratamento do câncer de mama, ressalta que a quimioterapia preventiva é indicada dependendo do tipo de tumor, do estadiamento, do risco de a doença recorrer e também das condições clínicas do paciente, pois "muitos pacientes podem não ter condições de receber essa quimioterapia".
Como é feita a quimioterapia?
De acordo com o Instituto Nacional do Cancer (Inca), a quimioterapia é um tipo de tratamento em que se utilizam medicamentos para combater o câncer. Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que se espalhem.
A quimioterapia preventiva, contudo, é mais frequentemente administrada na forma de gotejamento intravenoso ou comprimidos, onde são transportados por todo o corpo pela corrente sanguínea. Ela pode ser administrada no hospital ou na casa do paciente.
Ainda não há informações de onde Kate fará o tratamento, mas, segundo a imprensa inglesa, o Palácio de Kensington fará de tudo para manter essa informação privada.
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