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Lipedema, sobrepeso ou inchaço? Saiba como diferenciar

O lipedema frequentemente é confundido com sobrepeso e inchaço, mas alguns sinais apontam exclusivamente para a condição

9 jun 2024 - 18h12
(atualizado em 10/6/2024 às 15h55)
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Estamos no Junho Roxo, mês que destaca a conscientização do lipedema. A condição crônica se caracteriza pelo acúmulo anormal de gordura subcutânea, principalmente no quadril e membros inferiores e, às vezes, nos braços. Por isso, muitas vezes é confundido com sobrepeso e inchaço.

Lipedema, sobrepeso ou inchaço? Saiba como diferenciar
Lipedema, sobrepeso ou inchaço? Saiba como diferenciar
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Segundo Cristienne Souza, cirurgiã vascular e angiologista da Venous, os pacientes também podem compreender o lipedema como quadros de obesidade, linfedema e lipodistrofia ginóide.

Conforme a médica, o lipedema afeta predominantemente mulheres. Um estudo nacional publicado em 2022 estimou uma prevalência de 12,3% na população brasileira feminina,  cerca de 8,8 milhões de mulheres entre 18 e 69 anos, indica a especialista. 

"O lipedema pode começar na puberdade, durante a gravidez, ou na menopausa. Acredita-se que os hormônios femininos desempenhem um papel crucial no desenvolvimento do lipedema, porém a fisiopatologia ainda é pouco conhecida", explica Cristienne.

Sinais que geralmente determinam lipedema

A cirurgiã vascular aponta os sintomas que costumam diferenciar o lipedema de outras condições. São eles:

  • Acúmulo simétrico de gordura no quadril, nas pernas e coxas, e ocasionalmente nos braços, poupando os pés e mãos.
  • Desproporção entre extremidades e o tronco.
  • Dificuldade em perder volume dos membros afetados apesar da perda de peso
  • Presença de nódulos fibrosos subcutâneos
  • Sensibilidade e dor ao toque nas áreas afetadas.
  • Propensão a hematomas ou equimoses espontâneas ou por trauma mínimo nas áreas de acúmulo de gordura.

"Esses sinais ajudam a diferenciar o lipedema de outras condições, como a obesidade, que não apresenta dor característica, e o linfedema, que inclui edema nos pés e mãos e não é simétrico", diz a profissional.

Para a médica, é importante aumentar a conscientização sobre o lipedema para evitar erros nos diagnósticos errados, oferecendo tratamentos ineficazes. 

"Muitas mulheres sofrem com os sintomas por anos antes de serem corretamente diagnosticadas. A educação sobre essa condição pode ajudar a melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes. Além disso, a pesquisa contínua é crucial para entender melhor as causas do lipedema e desenvolver tratamentos mais eficazes', pontua.

Tratamento e prevenção

Infelizmente, não existem medicamentos conhecidos que tratem especificamente o lipedema.O uso de medicamentos e suplementos concentra-se em reduzir a inflamação tecidual, fibrose, edema e dor.

"Os sinais e sintomas do lipedema devem ser tratados para melhorar a qualidade de vida, incluindo dor, edema e mobilidade, sendo que o tratamento mais precoce proporciona melhores resultados", comenta Cristienne.

Conforme a médica, a terapia conservadora padrão para lipedema inclui orientação nutricional, terapia de compressão, terapia manual e plano de exercícios. Já a cirurgia de redução do lipedema remove os tecidos anormais, melhorando sintomas, mobilidade e incapacidades.

Também não há métodos conhecidos para prevenir o lipedema, pois suas causas exatas não são completamente compreendidas. No entanto, manter um peso saudável e um estilo de vida ativo pode ajudar a minimizar os sintomas.

Saúde em Dia
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