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Lucro dos planos de saúde cresce 271% e alcança R$ 11,1 bilhões

É o melhor desempenho registrado pelo setor desde 2020, quando foi declarada a pandemia

19 mar 2025 - 19h33
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BRASÍLIA- As operadoras de planos de saúde tiveram um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2024, um aumento de 271% em relação ao ano anterior. O balanço foi divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na última terça-feira, 18.

Esse é o melhor desempenho registrado pelo setor desde 2020, quando foi declarada a pandemia de covid-19. Na época, as operadoras faturaram R$ 18,7 bilhões.

Segundo a ANS, a remuneração das aplicações financeiras mantidas pelas operadoras médico-hospitalares — que totalizaram R$ 120 bilhões no fim de 2024 — respondeu por R$ 8,5 bilhões do seu resultado líquido total.

Houve também um saldo positivo de R$ 4 bilhões na diferença entre as receitas e despesas diretamente relacionadas às operações de assistência à saúde, patamar próximo ao dos anos pré-pandemia. "Essa recuperação do resultado operacional se deu em todas as modalidades, exceto autogestões", informou a agência.

Desde a pandemia, o setor de planos de saúde tem se queixado dos resultados financeiros, usando o cenário como argumento para justificar a necessidade de aumento de preço dos serviços.

"Os dados de 2024 refletem um setor que se reequilibra financeiramente após os desafios dos últimos anos. A recuperação do resultado operacional das operadoras médico-hospitalares e a estabilidade dos rendimentos financeiros indicam um ambiente mais sustentável", afirmou em nota o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

Um dos indicadores que repercutiram na melhoria do cenário financeiro das empresas foi a chamada "sinistralidade", ou seja, o percentual das mensalidades dos planos utilizado para pagar despesas assistenciais. Nos últimos três meses de 2024, o índice chegou a 82,2%, o menor patamar desde 2018.

De acordo com a ANS, os bons resultados foram observados principalmente entre as operadoras médico-hospitalares de grande porte, que registraram um lucro líquido de R$ 9,2 bilhões em 2024.

Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) atribuiu o resultado a um esforço de gestão feito pelas operadoras. Segundo a entidade, o cenário cria um ambiente estável, que favorece os beneficiários.

No comunicado, a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, mencionou o impacto da pandemia, afirmando que a saúde suplementar foi "intensamente desafiada" pela covid-19.

Ela também destacou questões legais, entre elas a medida que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos que estão fora da lista obrigatória de procedimentos prevista pela ANS. "Especialmente por condições e coberturas muito mais abrangentes determinadas por mudanças legislativas e regulatórias nos últimos anos", afirmou.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) não comentou o balanço da ANS.

Hospitais cobram pagamento

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) também comentou os resultados do setor e aproveitou para cobrar a remuneração pelos serviços prestados.

"Grande parte do lucro, agora constatado, vem da melhoria de eficiência, que todos necessitamos. Outra parte, porém, vem de uma estratégia de retenção de pagamentos aos hospitais", diz o comunicado.

A entidade criticou o que chamou de padrões ultrapassados de modelos de pagamento, e disse que a partir dos resultados obtidos pelos planos de saúde a expectativa é que "boas notícias possam chegar também aos hospitais."

Estadão
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