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Mais de 1 milhão de pessoas se candidatam para ser voluntárias em testes da vacina contra covid-19

Testes vão começar também em outros centros de pesquisa nesta semana; apenas profissionais de saúde podem ser voluntários

28 jul 2020 - 14h29
(atualizado às 15h38)
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Mais de 1 milhão de pessoas se candidataram para ser voluntárias nos testes da Coronavac, vacina chinesa que vem sendo testada no País desde a semana passada e que é fruto de uma parceria do Instituto Butantã e a empresa Sinovac Biotech. A informação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn.

A vacina começou a ser testada na terça-feira passada em voluntários no Hospital da Clínicas. E a partir desta quinta e sexta-feira, dias 30 e 31, terão início os testes em outros quatro centros: Instituto Emílio Ribas, Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto da USP, Universidade Municipal de São Caetano do Sul e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Emílio Ribas e o Centro da UFMG contarão com 852 participantes cada. Já a Universidade Municipal de São Caetano do Sul terá 652 voluntários, além de outros 500 no HC de Ribeirão Preto.

O governador de São Paulo, João Doria, durante aplicação da primeira dose de teste da Coronavac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech
O governador de São Paulo, João Doria, durante aplicação da primeira dose de teste da Coronavac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech
Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação / Estadão

Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa. Na capital paulista, participa do estudo também o Hospital Israelita Albert Einstein. Ainda no Estado de São Paulo, também foram selecionados: Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas) e a Faculdade de Medicina de Rio Preto. O estudo também será conduzido em centros em Belo Horizonte (UFMG), Rio de Janeiro (Fiocruz) Brasília (UNB), Curitiba (UFPr) e Porto Alegre (PUC-RS).

Para participar do estudo, o candidato não pode ter contraído o novo coronavírus, nem ter participado de outros estudos. Mulheres não podem estar grávidas ou estarem planejando uma gravidez nos próximos três meses. Outra restrição é não ter doenças que precisem de medicações que alterem a resposta imune. Entre os recrutados, metade recebe duas doses do imunizante num intervalo de 14 dias e a outra metade recebe duas doses de placebo.

O governo estima que o estudo deverá ser concluído até setembro. Se os testes forem bem-sucedidos, a vacina pode começar a ser produzida no início de 2021.

A primeira dose foi aplicada em 890 funcionários do Hospital das Clínicasna terça-feira, 21. Eles receberão uma segunda dose num prazo de 14 dias e serão acompanhados por médicos.

De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantã está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil receberá ainda 60 milhões de doses fabricada na China para distribuição.

Estadão
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