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Masturbação pode aumentar a imunidade

10 set 2024 - 13h29
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Especialista comenta que um orgasmo pode beneficiar o sistema imunológico

Se no passado falar sobre masturbação era considerado tabu pela sociedade, hoje, felizmente, o assunto ganha notoriedade. Personalidades famosas como a apresentadora Eliana e a influenciadora digital Fani Pacheco já abordaram o tema publicamente. Segundo o ginecologista André Vinícius de Assis, a masturbação é a maneira mais segura de alcançar o prazer sexual, e algumas pesquisas sugerem que o sexo solo pode ser igualmente salutar. "Uma vida sexual saudável é benéfica para o corpo e a mente, podendo reduzir o estresse, diminuir a pressão arterial e melhorar o sono", diz.

O médico conta que pesquisas mais antigas relacionaram os orgasmos com o aumento da função imunológica. Em 2004, um estudo com 11 homens descobriu que a excitação sexual e os orgasmos ativavam componentes do sistema imunológico. Embora o estudo tenha sido muito pequeno, os pesquisadores revelaram que a masturbação aumentava o número de mediadores inflamatórios, chamados leucócitos (glóbulos brancos), e células assassinas naturais. Ambos combatem a infecção como parte da resposta imune do corpo.

André Vinícius aponta que a pesquisa foi focada na experiência masculina, e a excitação sexual pode afetar os corpos das mulheres de maneira diferente. Mas, no geral, o orgasmo — seja com um parceiro ou sem — tem outros benefícios conhecidos para a saúde. "O sexo pode ser como o exercício, o que é ótimo para o coração, os pulmões e o sistema imunológico. O sexo também é ótimo para melhorar o sono e permitir que você durma mais profunda e rapidamente. Então, no geral, a masturbação é ótima para a saúde", ressalta.

Masturbação feminina

O ginecologista diz que se as pesquisas sobre os efeitos da masturbação sobre a imunidade dos corpos masculinos são limitadas e inconsistentes, os estudos sobre os possíveis efeitos nos corpos femininos são mais escassos.

Ele cita o artigo científico publicado no The Journal of Sexual Medicine, em 2014, que verificou como a atividade sexual em mulheres, incluindo a masturbação, pode influenciar sua resposta imune. "Esta pesquisa analisou dados de dois cortes que incluíram participantes do sexo masculino e feminino. Ele se concentrou especificamente na ligação entre os parâmetros de depressão e atividade sexual e como sua interação pode influenciar a imunidade. O estudo concluiu que em participantes do sexo feminino com altos níveis de depressão, a atividade sexual em parceria resultou em marcadores mais baixos de imunidade. No entanto, a frequência de masturbação não teve relação com marcadores de imunidade. Muitas perguntas permanecem sem resposta, incluindo aquelas sobre a potencial relação entre depressão, várias formas de atividade sexual e imunidade em mulheres", pontua.

André Vinícius salienta que a masturbação traz muitos ganhos para a saúde física e mental. Entretanto, apesar de poucos estudos se concentrarem especificamente nesses benefícios, pesquisas sugerem que a estimulação sexual, incluindo a masturbação, pode reduzir o estresse; liberar a tensão; melhorar a qualidade do sono; aumentar a concentração; elevar o humor; aliviar cólicas menstruais; aliviar a dor; melhorar o sexo.

Foto: Márcia Piovesan

Dr. André Vinicius - Foto divulgação

O médico reforça que a masturbação também foi identificada como uma estratégia para melhorar a saúde sexual, promovendo a intimidade, explorando o prazer próprio, desejos e necessidades, reduzindo gravidezes indesejadas e prevenindo infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). "Além disso, a masturbação também é benéfico para a saúde sexual, especificamente para mulheres mais velhas, como redução da secura vaginal e diminuição da dor durante o sexo", argumenta.

É natural e saudável

André Vinícius destaca que algumas pessoas podem se sentir envergonhadas ao falar sobre masturbação. No entanto, é algo normal, saudável e não é para se sentir culpado. Entretanto, ele observa que a masturbação só é um problema se começar a interferir na vida cotidiana e nos relacionamentos com amigos, familiares, colegas de trabalho e parceiros românticos.

Márcia Piovesan
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