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Médica explica sequelas de vício de Solange Almeida: 'Pode ser muito grave'

Em entrevista à CARAS Brasil, a pneumologista Maria Cecília Maiorano fala de sequelas que Solange Almeida enfrentou após vício em cigarros eletrônicos

16 dez 2024 - 14h20
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A cantora Solange Almeida durante show
A cantora Solange Almeida durante show
Foto: Divulgação / Caras Brasil

Solange Almeida (50) foi uma das celebridades que usou sua visibilidade para falar sobre o perigo dos cigarros eletrônicos e o vício que o dispositivo causa. Em outubro do ano passado, a cantora revelou que enfrentou sequelas graves devido ao uso excessivo, e teve lesões nos pulmões e cordas vocais.

Em entrevista à CARAS Brasil, a pneumologista Maria Cecília Maiorano explica que os cigarros eletrônicos possuem substâncias tóxicas, que podem afetar os pulmões e as cordas vocais —como aconteceu no caso de Solange Almeida— e trazer até mesmo sequelas mais graves.

"Os cigarros eletrônicos contêm substâncias tóxicas, como nicotina, metais pesados, formaldeído entre outras. O vapor quente pode ressecar as cordas vocais, além de provocar inflamação e lesões que podem resultar em alterações na fala, como por exemplo, rouquidão."

"Já nos pulmões, as substâncias químicas presentes no cigarro eletrônico podem irritá-los levando ao desenvolvimento de bronquite, bronquiolite e enfisema, além de precipitar crises em pessoas que já têm diagnóstico de alguma doença respiratória crônica, como por exemplo asma", acrescenta.

A especialista diz que o uso dos vapes, como também são conhecidos popularmente, podem causar uma inflamação pulmonar. "Pode ser muito grave, podendo resultar em insuficiência respiratória, até mesmo com necessidade de auxílio de ventilador mecânico para respirar. Já existe estudo científico apontando que o cigarro eletrônico pode aumentar o risco do desenvolvimento de câncer de pulmão."

Em entrevista ao programa Domingo Espetacular (RecordTV), ela afirmou que usou o dispositivo por cerca de nove meses, por influência dos amigos. À época, a cantora achava que os cigarros eletrônicos eram feitos à base de água, e não faziam mal. Porém, com o tempo, sentiu dificuldade para respirar e percebeu que sua voz não era mais a mesma.

Então, ela buscou tratamento para superar o vício. A artista disse que, em algumas ocasiões, chegou a consumir cerca de 15 dispositivos por mês, e, para voltar aos palcos, precisou do acompanhamento de um fonoaudiólogo, além de sessões de terapia para lidar com as sequelas emocionais do vício.

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