Médica faz alerta sobre consumo de bebidas alcoólicas com frequência para mulheres com mais de 40 anos
Pesquisa revela que mulheres na faixa dos 30 e 40 anos, em especial, estão bebendo mais do que os homens.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos constatou que, embora os homens ainda tenham maior probabilidade de morrer de doenças relacionadas ao álcool, a diferença está diminuindo. As mulheres agora bebem quase tão frequentemente quanto os homens. A pesquisa revelou que 49% das mulheres beberam álcool nos últimos 30 dias, em comparação com 55% dos homens. As mulheres na faixa dos 30 e 40 anos, em especial, estão bebendo mais do que os homens.
Mesmo pequenas quantidades de vinho, cerveja ou coquetéis colocam em risco a saúde das pessoas. No ano passado, a Federação Mundial do Coração, contestou a noção amplamente difundida de que uma taça diária de vinho tinto faz bem. Qualquer quantidade aumenta o risco de doenças cardíacas, derrames e aneurismas, afirmou o grupo.
Segundo a médica pós graduada em medicina integrativa e nutrologia, And Yara Gelmini, mesmo consumindo a mesma quantidade de álcool que os homens, as mulheres são mais suscetíveis aos efeitos negativos. "As mulheres têm maior suscetibilidade de alterações hormonais, onde o álcool entra como um grande competidor das enzimas que também metabolizam o álcool. Como nosso corpo sempre irá preferir limpar o organismo primeiro, ele automaticamente irá metabolizar o álcool e depois os índices hormonais, o que faz com que caia a capacidade fisiológica de produção hormonal da mulher".
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© Monkey Business Images via Canva.com[/caption]
And Yara também explica que as mulheres que bebem desenvolvem um número maior de problemas médicos, e em níveis muito mais baixos de álcool, do que os homens. As que consomem menos de dois drinques por dia aumentam o risco de morte por qualquer causa.
"O consumo de álcool também pode levar ao câncer de mama, cujo risco ao longo da vida aumenta em até 9% mesmo com um drinque diário (cada copo adicional aumenta ainda mais as taxas), e a distúrbios no sistema imunológico, que podem aumentar as infecções e diminuir a cicatrização de feridas e pós-operatórios. Problemas de fertilidade e menopausa precoce também estão ligados ao álcool. E, é claro, as mulheres que bebem durante a gravidez colocam seus filhos em risco de problemas físicos, mentais e comportamentais", ressalta a médica.
Existem pessoas que dependem frequentemente do álcool para controlar o estresse, mas a médica alerta que essa não é a solução para os problemas. "É essencial a mudança de hábito e ambientes. As mulheres podem fazer algumas trocas, como jogar a ansiedade, depressão ou qualquer outro sentimento ruim em atividade física, como corrida, musculação, caminhadas e trazer qualidade de vida para dentro do seu corpo. Não estamos proibindo a ingestão do álcool, apenas alertando que ele pode ser fatal se consumido exageradamente", finaliza a médica.