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Medicamentos contra colesterol 'podem aumentar diabetes'

25 mai 2013 - 16h40
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Alguns tipos de estatinas, substâncias usadas para evitar doenças do coração, aumentam o risco de diabetes tipo 2 em idosos, de acordo com pesquisadores canadenses.

O estudo, divulgado na publicação científica British Medical Journal, sugeriu que estatinas mais poderosas ─ como a atorvastatina ─ podem aumentar o risco de diabetes em 22% em comparação com os tipos mais fracos.

De acordo com os pesquisadores, a atorvastatina, vendida no Brasil com o nome de Lipitor, teve ligação com um caso extra de diabetes para cada um dos 160 pacientes que a utilizaram.

No entanto, os especialistas dizem que, de um modo geral, os benefícios da substância ainda são maiores do que os riscos.

As estatinas são um grupo de medicamentos indicados para baixar os níveis de mau colesterol no sangue. Isso reduz as chances de um ataque cardíaco ou de um derrame.

Todas as drogas têm efeitos colaterais, mas a equipe de pesquisadores de hospitais em Toronto diz que há controvérsias sobre o aumento do risco da diabetes causado pelas diferentes estatinas.

Para confirmar a hipótese, eles examinaram os registros médicos de 1,5 milhão de pessoas acima de 66 anos e compararam a incidência de diabetes entre pessoas tratadas com diversos tipos de estatinas.

"Descobrimos que pacientes tratados com atorvastatina, rosuvastatina ou sinvastatina tinham mais riscos de aparição da diabetes comparados aos tratados com pravastatina", diz o estudo.

"Clínicos devem levar em conta esse risco quando estiverem considerando um tratamento com estatina para pacientes. O uso preferencial da pravastatina (...) pode ser indicado."

Benefícios

Comentando sobre o estudo, o professor Risto Huupponen e a professora Jorma Viikari, da Universidade de Turku, na Finlândia, disseram que "os benefícios gerais das estatinas ainda superam o risco potencial de diabetes".

No entanto, segundo eles, é preciso levar em conta o fato de que cada tipo de estatina é indicado para um tipo de paciente.

"As estatinas mais potentes, pelo menos em doses mais altas, devem ser preferencialmente reservadas para pacientes que não respondem a tratamentos de baixa potência, mas têm um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares."

"As estatinas são tomadas com segurança por milhões na Grã-Bretanha e protegem os que têm alto risco de desenvolver doenças cardíacas", disse Maureen Talbot, especialista da British Heart Foundation.

"Apesar de os estudos sugerirem um aumento no risco de que pacientes idosos desenvolvam diabetes quando tomam certas estatinas, outros fatores de risco como sobrepeso, histórico familiar e etnia podem ter tido um papel."

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