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Medo de barata: saiba quais sinais indicam que você desenvolveu fobia

Davi do BBB 24 se apavorou e subiu na cama ao se deparar com o inseto; medo irracional pode desencadear até Transtorno Obsessivo Compulsivo

26 jan 2024 - 16h13
(atualizado às 16h14)
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Foto: X/Big Brother Brasil / Pipoca Moderna

Uma cena inusitada chamou a atenção dos telespectadores do Big Brother Brasil 24 na quinta-feira (25). Uma barata resolveu visitar os brothers no confinamento e Davi Brito precisou beber uma água para se acalmar após ver o inseto dentro do quarto. 

Aos colegas, o baiano justificou que seu desespero é consequência de um medo que ele tem do inseto desde a infância. “Tenho medo desde pequeno. Tenho pavor, pânico. Aquela antena…”, disse o brother. 

O medo de Davi é mais comum do que se imagina. De acordo com a neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner, a condição de fobia com as baratas é chamada de catsaridafobia e têm maior prevalência em mulheres.

Os sinais mais comuns de que alguém possa ter fobia de baratas, são: 

  • Medo irracional, ilógico
  • Gritos involuntários
  • Sentir-se paralisado 
  • Náusea e tontura
  • Pânico
  • Sudorese
  • Falta de ar
  • Desmaio
  • Elevação da pressão arterial 

Deixar de frequentar casas de amigos e familiares onde já se viu o inseto, além de evitar lugares públicos com receio de encontrar baratas, também é um indicador da condição. 

A profissional conta que existe uma explicação genérica que serve para dar conta de que o medo de baratas vem da evolução da nossa espécie, em que culturalmente somos ensinados que a barata é um inseto sujo, que se prolifera em esgotos, restos de comida, lugares escuros, quentes, úmidos transmitindo doença e contaminação.

“Nosso cérebro criou um mecanismo de defesa nos mantendo num comportamento de esquiva, afastamento e evitação desse inseto, o que reforça muito a fobia”, explica Roselene.

A especialista alerta que a fobia também pode desencadear um traço de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) por limpeza e organização sistemática, na tentativa de impedir que o inseto possa entrar no ambiente.

“Os impactos psicológicos são por via de regra negativos, pois geram sintomas físicos extremamente desagradáveis. A pessoa está sempre com o ‘sistema de alerta ligado’, gerando extrema ansiedade, ataque de pânico, histeria, náusea, falta de ar e pressão arterial elevada”, diz a neuropsicóloga.

As consequências mentais que a fobia pode causar, também podem ir além de uma experiência negativa, nojo ou simplesmente medo, e beirar fantasias poucos prováveis de acontecer, como: 

  • Ser picado e envenenado
  • O inseto entrar em algum orifício do corpo
  • Encontrar baratas na comida
  • Achar que tem baratas escondidas nos cabelos

“São sentimentos inconscientes que geram sintomas fisiológicos difíceis de serem controlados. É necessário um acompanhamento psicológico para  entender a cultura introjetada, a experiência negativa e real, a herança genética e a fantasia extrema que gera paranóia”, recomenda a especialista.

Entre as abordagens e métodos para tratar a condição, a neuropsicóloga conta que, em sua grande maioria, o enfrentamento do medo é o mais utilizado por profissionais da saúde mental. É realizada a exposição do objeto por meio de fotos, vídeos e, nesses casos, até mesmo um inseto artificial em busca de uma dessensibilização.

“Existem inúmeras técnicas dentro de cada abordagem. Pois a estratégia que funciona para um paciente pode não ajudar um outro. O tratamento para qualquer caso de ansiedade é sempre personalizado de acordo com o perfil psicológico, o relato e narrativa da vida e rotina de cada pessoa”, conclui a profissional.

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Fonte: Redação Terra Você
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