Melasma e cloasma: entenda a diferença entre esses problemas de pele
As duas condições são caracterizadas pelo surgimento de manchas na pele
De origem genética, melasma é uma condição caracterizada pela hiperpigmentação da pele. No geral, ela atinge pessoas entre 20 e 50 anos, na maioria das vezes mulheres, porém também pode acometer homens.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontam que 35% das mulheres brasileiras, entre 20 e 60 anos sofrem com o melasma, doença que pode impactar negativamente na autoestima e na qualidade de vida.
As principais pessoas afetadas são aquelas que têm uma predisposição hereditária. O calor excessivo, a alta exposição solar, o desequilíbrio hormonal, problemas hepáticos e o excesso de estresse são fatores que podem causar inflamações e desencadear o quadro.
Essa condição de pele não tem cura e, por isso, depende de alguns cuidados para controlar a sua intensidade.
"Os tratamentos consistem em uma rotina de cuidados físicos e mentais, como beber bastante água, manter uma alimentação saudável, ter boas noites de sono e praticar atividades físicas para evitar o estresse. Além dos cuidados diários, o ideal é se consultar com um especialista para receber o diagnóstico certo e unir os tratamentos em clínica com a utilização de produtos que ajudam a amenizar as manchas, como clareadores, filtros solares, suplementos e uma rotina de skincare", explica a esteticista dermaticista Patrícia Elias.
Melasma x Cloasma
Seja por conta dos nomes ou de suas características, é muito comum confundir o melasma com o cloasma. Entretanto, esses dois problemas são diferentes, pois o cloasma consiste no surgimento de manchas na pele durante a gravidez e pode ser revertido.
Já o melasma, além de não ser causado pela gestação, é crônico e recidivante. Apesar disso, com alguns cuidados, é possível amenizar a situação e evitar o reaparecimento das manchas.
"Geralmente, o melasma acomete, principalmente, as bochechas, a testa e o buço, mas também pode surgir no colo e nos braços", explica Patrícia Friço, dermatologista e autora do livro "Pais saudáveis = Filhos saudáveis".
Para clarear as manchas dessa condição, a médica relata que podem ser utilizados peelings clareadores e lasers. "Mas, também é preciso ter uma rotina de cuidados preventivos com a pele", acrescenta ela.
De acordo com Patrícia Elias, quando o melasma ainda está em fase inicial, é interessante fazer procedimentos que controlem a inflamação da pele, entre eles o laser de baixa potência, led terapia, Ilib terapia, microcorrentes e peelings químicos mais suaves.
Em casos avançados, técnicas que promovam a despigmentação da pele são grandes aliadas, por exemplo, laser, luz pulsada, microagulhamento, ozonioterapia e peelings mais intensos. "Antes de iniciar qualquer tipo de tratamento é necessário saber a profundidade da mancha, se é epidérmica ou dérmica e elaborar um tratamento único, pois cada organismo reage de uma forma diferente. O tratamento tem que ser exclusivo e bem criterioso", alerta a esteticista dermaticista.
Tanto para evitar o melasma quanto o cloasma, o uso de protetor solar é indispensável. A dermatologista alerta que, mesmo sem sair de casa, é preciso aplicá-lo, já que temos contato com luzes dos aparelhos eletrônicos que podem interferir na nossa pele.